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“A MAIOR DE TODAS AS IGNORÂNCIAS É REJEITAR UMA COISA SOBRE A QUAL VOCÊ NADA SABE."

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aquecimento global, verdade ou mentira?

A "guerra" de informação entre os que defendem e os que discordam do aquecimento antropogênico é enorme. Precisamos filtrar muita informação e quanto a esse tema, cabem algumas questões:

1 - Está realmente, o planeta se aquecendo?

Tudo indica que sim, há várias formas de se medir, até pelo espectro de luz na atmosfera. Argumenta-se que o aquecimento é exclusivo do Hemisfério Norte. Será? Por quê? Se for afirmativa essa resposta, uma das explicações é a
maritimidade. Sim, 70% das massas líquidas da Terra estão no Hemisfério Sul e essa massa d'água tem um efeito de equilibrador térmico. É por essa razão também que os invernos nas médias latitudes são mais rigorosos no Hemisfério Norte do que no Hemisfério Sul.
Mas essa exclusividade de aquecimento no norte não é o que parece ocorrer. A massa de gelo na Antártida cresce agora, justamente pelo aumento da temperatura no Hemisfério Sul, que faz aumentar a umidade e as precipitações naquele continente, que é de modo geral, mais seco que o Deserto do Saara! (em umidade relativa do ar). O degelo ocorre intensamente no Ártico, mas não é verificado nesses últimos tempos o mesmo fenômeno na Antártida. Há o desplacamento de gelo na periferia do continente, mas a massa aumenta no interior. E isso, (aumento de gelo na Antártida) é mais uma evidencia do AG.
Há cientistas, como o prof. Molion que defende que o aquecimento encerrou em 1998 e já estamos iniciando uma nova era glacial. É polêmico.

2 - O que tem causado o suposto aquecimento?

Podem ser os ciclos de atividades solares, as variações dos movimentos da Terra (aprox. uma dezena), principalmente os ligados ao ciclo de Milankovitch, e por fim, o aumento da concentração de CO² na atmosfera, e o conseqüente Efeito Estufa. A participação de CO² na composição química da atmosfera realmente aumentou, mas alguns argumentam que esse aumento não é suficiente pra elevar a temperatura em nível global. Em micro e meso escala, a ação do homem no clima é inquestionável, mas em se tratando de circulação geral da atmosfera, ou seja, em escala global ainda há muito a se estudar.
3 - Há contribuição humana para aquecimento? De quanto?

Se for devido ao aumento de CO², é possível que sim, mas é difícil mensurar a participação humana através das atividades econômicas, por ser complicado separar as emissões naturais de carbono no seu ciclo biogeoquímico das emissões humanas. A questão é que aproximadamente 7 bilhoes toneladas de carbono que estavam aprisionadas há milhões de anos no subsolo, agora entram nesse ciclo e no balanço químico da atmosfera. Não é nenhum valor desprezível, mesmo considerando o montante de carbono que faz parte do ciclo independente dessas adições. E mais: o "seqüestro" natural de carbono é cada vez menor devido os desmatamentos. Ainda: Dá pra se medir de quanto é essa contribuição humana para o AG? É irrisório? É significativo e tem algum efeito no clima global?

A questão é polemica, e como disse, é preciso filtrar muita informação. Também não é difícil encontrar quem é totalmente contra a idéia do aquecimento antropogênico. Até alguns meses atrás eu cria em praticamente tudo divulgado pelo IPCC, mas a partir de outras leituras, comecei a "ficar com o pé atrás". É preciso entender que há sim, interesses econômicos por trás de pesquisa científica, mas é leviano afirmar que todos os que se opõem ao AG antropogênico recebe prêmios ou gratificação da Exxon Mobil ou Texaco.
O petróleo é uma das bases de praticamente toda cadeia industrial. Energia, combustíveis, plástico, automóveis, eletroeletrônicos, borracha, etc...Que fatores econômicos seriam mais fortes que os defendidos pelos grupos econômicos representados por esses diferentes segmentos da economia. A eles não interessa a redução do uso de combustíveis fósseis. Aliás, para alguns setores da indústria, isso significaria praticamente falência. Mas deve-se ser cuidadoso e não partir para dogmatismos climáticos. Nomes sérios da meteorologia mundial, que não podemos afirmar que estão a serviço das empresas que lucram com a emissão de CO², são categóricos em afirmar que o aquecimento é devido à atividades solares, e que agora, haverá uma trégua (não se sabe por quanto tempo), no aquecimento. Outros estudos já apontam que as variáveis cósmicas não serão suficientes para inibir o AG nem por pouco tempo.
A Meteorologia é, sem sombra de dúvida, das Ciências da Terra, a mais problemática. Os modelos são complicadíssimos, porque há a sobreposição de interferências de várias variáveis umas sobre as outras, camuflando, inibindo, atenuando ou invertendo tendências climáticas. Essas variáveis se interagem reciprocamente. É que mesmo com aumento de emissão CO², outras variáveis, como a diminuição das atividades solares, interfere no modelo que causaria o efeito estufa devido o CO². São muitas variáveis mascarando os efeitos umas das outras e interagindo reciprocamente. Se a ação antropogênica pode conduzir a mais calor, uma variável cósmica pode inibir ou inverter a tendência, e vice-versa.
A história da Terra ainda resguarda um percurso tortuoso de composição atmosférica e temperatura, tendo variado, em alguns casos, até com certa abruptabilidade nos últimos milênios e até séculos. Os anos 800 a 1300, da nossa era, foram mais quente que os dias de hoje, já entre os séculos XVIII e XIX, houve uma redução significativa de temperatura, sendo esse período conhecido de "pequena Era Glacial", e no século XX entre os as décadas de 40 e 70), um fenômeno chamado ODP, atenuou o aquecimento que se verificava desde o final do século XIX. Há meteorologistas que argumentam que o aquecimento (o natural) encerrou no ano de 1998, e que já estamos no início de uma nova Era Glacial, que se verdadeira essa hipótese, pode nos trazer mais tormentas e problemas que o aquecimento. Mas acredito que há mais evidencias de aquecimento do que do contrário – opinião de um não-especialista.

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