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“A MAIOR DE TODAS AS IGNORÂNCIAS É REJEITAR UMA COISA SOBRE A QUAL VOCÊ NADA SABE."

domingo, 26 de dezembro de 2010

O Imperador




Dizia imperatriz: “Sou a emoção criadora”. Por sua vez, o Imperador declara: “Sou a realidade, poder, a potência em ação”.

Iodheva

De uma forma didática este arcano vai exprimir ativamente tudo aquilo que o arcano antecedente exprimia passivamente.

O poder do imperador é um poder provisório, que possui uma firme vontade para impor sua lei, exercendo seu império na realidade material, concreta e tangível deste mundo. Tanto o Imperador como o Rei, são símbolos solares que reinam sobre os povos e sobre o mundo. Sua inteligência tem soberania e é dotado da inteligência prática e metódica dos que exercem sua autoridade nos seus domínios, em nome do senso comum e da razão.

A Carta do imperador, retrata um homem maduro. Tem barbas e cabelos longos e geralmente grisalho, no taro egípcio é um faraó com as mesmas características. Está sentado em um trono decorado com cabeças de carneiro, de pé em apenas um pé ou em seu trono decorado com a deusa bastet (a deusa dos mistérios da natureza). Sua roupa é de cor púrpura. Na mão direita segura com firmeza o Cetro que é o símbolo da geração, Vênus. O Cetro é seguro na mão direita para indicar a influência ativa que exerce o princípio animador na natureza, por oposição ao princípio formador. Na cabeça a coroa de ouro e pedras preciosas, ou uma coroa com doze pontas (seis de cada lado), sua coroa indica a dominação da vontade divina no universo e sua ação universal na criação da vida (águia ou Bastet).

O quádruplo trabalho para a realização dos projetos é: afirmação-negação, discussão e solução, que serão praticados com as virtudes do imperados que veremos mais adiante.

No âmbito maçônico está relacionado as pontas do compasso e as estações do ano, bem como as pessoas honestas e capazes.


Sob os ensinamentos de Papus, ela exprime um termo de transição, reunindo a primeira série (força ativa, força passiva, união das duas forças) com a série seguinte; a passagem de um mundo à outro. No Divino é o reflexo do Deus-pai, A vontade, no Humano, reflexo de Adão, o poder, no Natural é o reflexo da natureza naturante que é o fluido Universal criador, ou Flúido cósmico Universal, a Alma do Universo.

Este arcano do tarô é um grande planejador, a partir de sua energia é que se coloca em prática os sonhos idealizados, pois se tratar de uma figura determinada que sabe comandar os que estão a sua volta, é um líder nato. Simboliza a retidão de caráter, possui muito senso de responsabilidade e sabe distinguir o que é realidade e ilusão.

Esta carta representa a concretização e a realização. No aspecto psicológico este arcano representa uma personalidade forte com capacidade de se projetar no futuro de forma estável e segura.

Num jogo com frequência o Imperador representa a presença de um marido, um pai ou até mesmo um irmão comportando-se de modo protetor e realista, dotado de um caráter forte e corajoso. A figura pode até mesmo relacionada a um chefe ou um homem de negócios. No geral o Imperador apenas costuma confirmar, autenticar ou certificar um fato, uma situação, um acontecimento, uma verdade ou um sentimento, que serão revelados por outros arcanos no mesmo lance.

No Tarô bíblico representa Salomão, senhor de toda a riqueza e de todo o conhecimento. Na cabala representa Hesed, misericórdia, é Seb na mitologia egípcia, no mundo inferior é o primeiro dia da criação, é a primeira ponta do segundo triângulo invertido. Relaciona-se Às “dominações”, Zadkiel, El. Seu dia é sexta-feira.

Sua letra é Delta, dalet.


O quadrado


Geometricamente, o quadrado é uma figura única. Pode ser dividido com precisão por dois e por múltiplos de dois apenas com um esboço. Também pode ser dividido em quatro quadrados quando se faz uma cruz que define automaticamente o centro exato do quadrado. O quadrado, orientado para os quatro pontos cardeais (no caso das pirâmides egípcias, com um exatidão fenomenal), pode ser novamente bisseccionado por diagonais, que o dividem em oito triângulos. Essas oito linhas, partindo do centro, formam os eixos que indicam as quatro direções cardeais e os "quatro cantos" do mundo - a divisão óctupla do espaço. Representando o microcosmo e, em conseqüência, considerado como um emblema da estabilidade do mundo.

Resumidamente o 4° arcano do Tarô representa a Letra “D” e o número 4, poder e certeza. Tem por verbos: Poder, realizar, concretizar, proteger, vencer, dominar e produzir.

Está relacionado ao Pai, marido, homem na maturidade, realista, produtivo, consciente de seu valor.

Na astrologia está relacionado Júpiter e ao signo de Touro, Júpiter em Touro apresenta as características já descritas do Imperador, lembrando que não sou astrólogo, nem especialista em nenhuma dessas áreas, deixo aqui tão somente o pouco que sei a respeito dos arcanos e suas relações nessas áreas, adquire também as propriedades de Zeus.

O Grande agente mágico é a quarta emanação da vida-princípio. Uma altura, uma largura que a altura divide geometricamente em dois e em uma profundidade separada da altura pela interseção da largura, eis aqui o quaternário natural, composto de duas linhas que se cruzam.


Aspectos positivos do imperador: Realização, poder de convicção, capacidade de trabalho, força de caráter, autoridade, confiaça em si mesmo, realismo, espírito prático, controle, sobre si mesmo, estabilidade, senso comum e organização.

Aspectos negativos do imperador: Intolerância, egocentrismo, severidade, poder abusivo, oposição tenaz, e despotismo.

Na alquimia relacionamos ao Azoth, mercúrio, sal e enxofre, são os quatro elementos estáveis, ar, água, terra e fogo, quente, úmido. Frio, seco, vermelho amarelo, verde e azul.

No I ching é o Shih, O exército.

Antes de falar do número quatro, não posso deixar de citar sua correspondência com a divindade.

Desde sempre o número 4 está associado à divindade por exemplo IHVH, em hebreu encontramos também IHIH e AHIH, o assírio ADAD, o egípcio AMUN, ATON, ATUN, o persa SYRE ou SIRE, o latino DEUS, o alemão GOTT, o francês DIEU, o turco ESAR, o tártaro ITGA, o árabe ALLH, Alá, o samaritano JABE, em Sanchoniathon encontramos a deidade IEVO. Seria conveniente lembrar a aspiração ou prece sânscrita sagrada de quatro sílabas, “OM MANI PADME HUM” – literalmente, “Oh, a Joia no Lótus”.(Significa: A centelha divina dentro do Homem).


Muito oportunamente vou falar agora acerca do número 4 já que vamos entrar em 2011 (2+0+1+1 = 4).

Não podemos falar do número quatro sem lembrar da cruz e devemos compreender que com suas 4 pontas ela simboliza os 4 Pontos Cardeais da Terra (Norte, Sul, Oriente e Ocidente). As 4 Estações do ano. As 4 Fases da Lua. Os 4 Caminhos (Ciência, Filosofia, Arte e Religião). Sem contar que o espaço-tempo é quadridimensional.


A Cruz é o hieroglifo antigo, Alquímico, do Crisol (creuset) ao qual antes se chamava, em francês, cruzel, crucibile, croiset. Em Latim, crucibulum crisol, que tinha por raiz crux, crucis, cruz. É evidente que tudo isso nos convida à reflexão.

É no crisol onde a matéria-prima da Grande Obra sofre com infinita paciência a Paixão do Senhor. No erótico crisol da Alquimia Sexual morre o Ego e renasce a Ave Fênix entre suas próprias cinzas: INRI, In Necis Renascere Integer (Na Morte renascer intacto e puro).

O Quatro é a ligação entre Deus, o Homem e a Natureza, ele representa o Homem em si. Segundo a tetraktys pitagórica são 4 Eras: Era de ferro = 6.480 anos, Era de bronze = (6.480 x 2 = 12.960 anos) Era de prata = (6.480 x 3 = 19.440) e de ouro = (6.480 x 4 = 25.920). Relaciona-se ao INRI ( Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum, Jesus Nazareno Rei dos Judeus) ou Iam (água), Nour (fogo), Ruach (ar) e Iabeshah (terra), ou ainda na alquimia IGNIS NATURA RENOVATUR INTEGRAT, "O fogo renova completamente (ou incessantemente ) a natureza", uma frase básica da alquimia, onde o elemento FOGO é sinal de renascimento, renovação, reinício. Existe um exercício que pode ser feito com esse mantra (INRI) que é particularmente revelador acerca de seu significado.

Um conselho do faraó: Você tem que lutar para conquistar seu espaço, realizando com afinco as suas tarefas. Sendo assim, será também o seu momento para seguir rumo à liberdade, pois estará tendo domínio sobre sua própria vida com autonomia para decidir sobre ela.Você sabe de seus potenciais, e usa-os com determinação e segurança, e assim conquista seu espaço na sociedade e na estima das pessoas.



Leonardo Rocha '.'

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Da verdade acerca do Natal

Estou fazendo uma série acerca dos 22 arcanos maiores do Taro, no entanto tendo em vista o aproximar do Natal, resolvi tratar sobre o tema, principalmente pelo equívoco generalizado que se cultiva acerca do natal.

"Hórus nasceu dia 25 de Dezembro da virgem Isis. O seu nascimento foi acompanhado por uma estrela do leste, que por sua vez, foi seguida por 3 Reis em busca do salvador recém-nascido. Aos 12 anos, era uma criança prodígio, e aos 30 foi batizado por uma figura conhecida por Anup e que assim começou o seu reinado. Hórus tinha 12 discípulos e viajou com eles, fez milagres tais como curar os enfermos e andar sobre a água. Hórus também era conhecido por vários nomes tais como A Verdade, A Luz, o Filho Adorado de Deus, Bom Pastor, Cordeiro de Deus, entre muitos outros. Depois de traído por Tifão, Hórus foi crucificado, enterrado e ressuscitou três dias depois.

Estes atributos de Hórus, parecem influenciar várias culturas mundiais, e muitos outros deuses encontrados com a mesma estrutura mitológica. Attis, da Phyrigia, nasceu da virgem Nana dia 25 de Dezembro, crucificado, colocado no túmulo, três dias depois ressuscitou. Krishna, Índia, nasceu da virgem Devaki com uma estrela no Ocidente assinalando a sua chegada, fez milagres em conjunto com os seus discípulos, e após a morte, ressuscita. Dionísio da Grécia nasce de uma virgem dia 25 de Dezembro, foi um peregrino que praticou milagres tais como transformar a água em vinho, e é referido como "Rei dos Reis," "Filho pródigo de Deus," "Alfa e Omega," entre muitas outras coisas. Após a sua morte, ressuscitou. Mithra, da Pérsia, nasceu de uma virgem a 25 de Dezembro, teve 12 discípulos e praticou milagres, e após a sua morte foi enterrado, e 3 dias depois ressuscitou, também era referido como "A Verdade," "A Luz," entre muitos outros. Curiosamente, o dia sagrado de adoração a Mithra era um Domingo.

O que importa salientar aqui é que existiram inúmeros salvadores, dependendo dos períodos, de todo o mundo, que preenchem estas mesmas características. A questão mantém-se: por que estes atributos, por que o nascimento de uma virgem num 25 de Dezembro, por que a morte e a ressurreição após 3 dias, porque os 12 discípulos ou seguidores?"

"Antes de tudo, a seqüência do nascimento é completamente astrológica. A estrela no ocidente é Sírius, a estrela mais brilhante no céu noturno, que, a 24 de Dezembro, alinha com as três estrelas mais brilhantes no cinturão de Órion. Estas três estrelas são chamadas hoje como também eram chamadas na época: ?três Reis?. Os três Reis e a estrela mais brilhante, Sírius, todas apontam para o nascer do sol no dia 25 de Dezembro. Esta é a razão pela qual os Três Reis "seguem" a estrela do leste, numa ordem para se direcionarem ao Nascer do Sol, não há três reis magos.

A Virgem Maria é a constelação Virgem. Virgo (Constelação de Virgem) também é referida como a casa do Pão, e a representação de Virgo é uma virgem a segurar um feixe de espigas de trigo. Por sua vez, Bethlehem (Belém), é, a tradução literal de "A Casa do Pão"."

"Outro fenômeno muito interessante que ocorre a 25 de Dezembro é o solstício de Inverno. Do solstício de Verão ao solstício de Inverno, os dias tornam-se mais curtos e frios. Na perspectiva de quem está no Hemisfério Norte, o sol parece mover-se para sul aparentando ficar menor e fraco, o encurtar dos dias e o fim das colheitas conforme se aproxima o solstício de Inverno simbolizando a morte. Era a morte do sol. Pelo Vigésimo segundo dia de Dezembro, o falecimento do SOL estava completamente realizado, Para o sol, tendo-se movido continuamente para sul durante 6 meses, Faz com que atinja o seu ponto mais baixo no céu. Aqui ocorre uma coisa curiosa: o Sol deixa, aparentemente, de se movimentar para sul, durante três dias. Durante estes três dias de pausa, o Sol reside nas redondezas da Constelação de Cruzeiro do Sul, Constelação de Crux ou Alpha Crucis. Depois deste período a 25 de Dezembro, o Sol move-se 1 grau, desta vez para norte, perspectivando dias maiores, calor, e a Primavera. E assim se diz que o Sol morreu na Cruz, (constelação de Crux) esteve morto por três dias, apenas para ressuscitar ou nascer uma vez mais. Esta é a razão pela qual Jesus e muitos outros Deuses do Sol partilham a idéia da crucificação, morte de três dias e o conceito da ressurreição. É o período de transição do Sol antes de mudar na direção contrária no Hemisfério Norte, trazendo a Primavera, e assim a salvação."

Os doze discípulos são apenas as 12 casas do zodíaco, pelas quais o Sol passa durante o ano.

O símbolo do cristianismo é uma adaptação da cruz do zodíaco, pela qual se dividiam as quatro estações. A coroa de espinhos são os raios do sol.

"De 4300 A.C. a 2150 A.C., foi a Era do Touro. De 2150 A.C. a 1 D.C., foi a ?Era de Capricórnio, e de 1 D.C. a 2150 D.C. é a Era de Peixes, A Era em que permanecemos nos dias de Hoje."

Moisés quebra as tábuas dos dez mandamentos não porque os judeus estavam adorando falsos deuses, mas porque estavam adorando o bezerro de ouro, que representa a era de Touro. Mithra também aparece na mitologia como um homem matando um touro, representando o fim da era de Touro. Moisés representa a era de carneiro, que anuncia o salvador Jesus, o cordeiro de deus, por isso os judeus ofereciam carneiros a deus. Jesus reina durante a era de peixes, e por isso seu primeiro símbolo foi o peixe.


Os dez mandamentos são plágios do livro dos mortos egípcio.

"O que é que o Livro dos Mortos dizia? "Eu Nunca Roubei" tornou-se "Tu nunca roubarás," "Eu nunca Matei" tornou-se "Nunca Matarás," "Eu Nunca Menti" tornou-se "Nunca levantarás falsos testemunhos" e assim por adiante."

"A religião Egípcia é no fundo a base fundamental para a teologia Judaico-Cristã. Batismo, vida após a morte, julgamento final, imaculada concepção, ressurreição, crucificação, a arca da aliança, circuncisão, salvadores, comunhão sagrada, o dilúvio, páscoa, natal, a passagem, e muitas outras coisas e atributos são idéias Egípcias, nascidas muito antes do Cristianismo ou Judaísmo. "

Até mesmo os templos, os altares e o uso de velas e imagens são apropriações da religião egípcia, que Abraão conheceu antes de anunciar do Deus único ao seu povo.

A religião egípcia tinha uma única função, justificar o poder absoluto dos governantes, e reduzir os homens a escravos da autoridade do governo, em nome de uma promessa de vida após a morte.

"O cristianismo e todas as religiões teístas servem para afastar o seres humanos do seu meio natural, e da mesma maneira, uns dos outros. Sustenta a submissão cega do ser humano à autoridade. Reduz a responsabilidade humana sob a premissa de que "Deus" controla tudo, e que por sua vez os crimes mais terríveis podem ser justificados em nome da Justiça Divina. E o mais importante, dá o poder aqueles que sabem a verdade e usam o mito para manipular e controlar sociedades."

Devemos atentar pra o significado de todos esses personagens que são a terceira ponta de um triângulo, e todas elas remetem ao significado do Amor, e da manifestação. a concretização de Leis Universais. No entanto não obstante as datas serem tão somente simbólicas, invocamos esses Seres nessa época, então é quando eles mais se aproximam da Terra, por tanto fica muito mais fácil de se harmonizar com sua Energia

No mais desejo um Feliz Natal à todos !!!


Leonardo Rocha '.'



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A Imperatriz


Dizia a papisa: “Guardo os segredos da vida” e a Imperatriz diz: Sou a emoção, a que concede o espírito da vida, a que anima, que a movimenta.

Ela é nada menos que a representante da inteligência, a inteligência no poder, o instinto natural, tão fecundo quanto fértil, inteligência para viver com arte, sabendo impor sua força e sua lei, sendo simultaneamente receptiva às forças e às leis da natureza. O poder dos sentimentos é o poder da Imperatriz que é capaz de bem explorar tanto as riquezas do coração como as do espírito. É ela quem concede à mãe natureza o seu caráter generoso, semeia e transmite o germe da vida para que gere em abundância.


O maior poder da imperatriz está concentrado nos sentimentos, nas atrações e repulsas que estão presentes na origem de toda a ação. Suas três palavras são: amor, emoção e motivação; mesmo sendo uma mulher realista, a Imperatriz é também uma mulher de coração.


Ela leva consigo uma coroa com 12 estrelas, no taro egípcio essas estrelas formam seu chakra da Coroa, o cetro que ela leva simboliza o poder provisório que exerce sobre a matéria, tanto no mundo físico como nos princípios da natureza, no antigo Egito o cetro representava a alegria que sentiam as grandes deusas ao exercer sua vontade.

Essa carta está relacionada ao número três, falarei de suas propriedades em seguida, também está relacionada a letra “Gimel” (G) “A Criação” , relaciona-se também ao planeta Vênus, e aos signos de Touro e Libra.

Sobre o três podemos falar, o signo do Arco Real o Tau Tríplice, trÊs T’s unidos: TTT, no entanto será demasiado longo pra cita-lo por completo. 3 Pedras do Arco, 3 peregrinos, 3 véus, 3 oficiais Rit.’. M.’. , 3 graus, 3 preambulações, Jesus é a manifestação de dois opostos: João e Maria. Platão chama a tríade de Deus, Logos e psique; muito tempo antes de Jesus: Osíris, Ísis e Hórus. Na mitologia nórdica, faz-se referência à Urda, Verdandi e Skulda, na ordem: passado, presente e futuro.


Voltando a falar de Jesus, Jesus tinha 12 anos (1+2=TRÊS) quando debateu com os mestres do Templo, demonstrando pela primeira vez sua sabedoria e sua predestinação. Passou 18 anos se preparando para sua missão, dos 12 anos (1+2=TRÊS) até os 30 anos (3+0 = TRÊS) Foi batizado e começou a pregar com 30 anos, (3+0 = TRÊS), Teve 12 discípulos (1+2= TRÊS) e foi traído pelo apóstolo Judas Iscariotes por 30 moedas (3+0=TRÊS) . Revelou que Pedro o negaria TRÊS vezes. Jesus foi crucificado entre dois bandidos, eram TRÊS no Calvário, TRÊS foram os Reis Magos que levaram presentes quando Jesus era um recém-nascido, TRÊS cruzes. Foi pregado na Cruz na TERCEIRA hora, morreu com 33 anos (TRÊS, TRÊS). TRÊS mulheres foram cuidar de seu corpo; Maria Madalena, Salomé e Maria mãe de Thiago (a outra Maria) , ressuscitou noTERCEIRO dia ...


Já me adiantando em seguida temos a carta do "Enforcado", a Carta do sacrifício, número 12 = 1+2 = TRÊS, Tão associada a Jesus Cristo, por muitos pesquisadores. Outros tarólogos acreditam que a carta do enforcado representa a morte de Judas Iscariotes, juntamente com as 30 moedas (3+0=TRÊS)

Temos também a Carta 21, "O Mundo" (2+1=TRÊS), que é uma representação mais fiel de Maria mãe de Jesus. tanto assim que nas Cartas de Mônica Buonfiglio, o Mundo é representado com a própria imagem de Nossa Senhora, cercada por anjos, sobre o planeta Terra a uma lua crescente. Não se pode negar a importância de Maria na Vida de Jesus.



Digamos que a carta 3 signifique Vênus em touro significando fertilidade e crescimento.

Nos remete à Grande deusa-mãe, Inana, Ishtar, Anat, Astaré, Afrodite e Deméter. A mãe-Terra Gáia ou Réia. No I ching = O poço.

Seus significados positivos são: Criação, produção, energia natural, natureza sentimental, caráter pragmático, inteligência vital, motivação, boas notícias, senso comum, riqueza e bem estar. Seus significados negativos são: Esterelidade, sentimentalismo, ciúmes, perda de bens materiais, poder de sedução com finalidades duvidosas, avidez e dependência afetiva.


Entre dois opostos sempre temos uma resultante, por exemplo: Macho-fêmea = Criança, Sólido-gasoso = Líquido, pai-filho = espírito Santo, luz-sombra = penumbra, calor-frio = mornez, positivo-negativo = neutro, atração-repulsão = equilíbrio, ácido-base = sal.

Podemos constatar na guematria que não há outra redução para o 3 que não seja: 3 = 2+1 ou 3 = 1+2

Dessa forma a lei do ternário se resume em:

  1. Um termo ativo
  2. Um termo passivo
  3. Um termo neutro resultante da ação dos dois primeiros sobre um outro.

Entendemos dessa forma que o três é a manifestação, é a ação resultante dos dois primeiros elementos, por isso três velas... No Sanctum, não há uma terceira vela, mas há um sinal...

Na lei do triângulo é o amor, a beleza, a manifestação, o abdómen.

Na numerologia o Número 3 é alguém cheio de idéias. Sua mente é fértil, e ele está sempre conversando consigo mesmo, processando os dados. Sua inteligência rápida lhe permite examinar e analisar os fatos com objetividade.

Tem múltiplos interesses, e está sempre buscando informações sobre vários campos de conhecimento. Vê a vida como um espaço de muitas possibilidades, onde pode realizar as suas idéias.


Tem grande necessidade de se exprimir (ex-primir – marcar para fora, exteriorizar), o que lhe faz gostar muito de falar, mas também de ouvir. Trocar idéias é o seu maior prazer. Sua vontade de dialogar e de se relacionar faz com que goste muito do contato com as pessoas, e o faz um bom negociador, lhe dando uma grande capacidade de buscar acordos e promover o entendimento com as pessoas.

É simpático e extrovertido, e gosta da vida social. Tem geralmente senso de humor, e cativa as pessoas com os seus sorrisos e palavras.


A necessidade de expressão das suas idéias e sentimentos pode também faze-lo buscar outros canais, que não se restrinjam apenas à fala: desta forma, muitas vezes ele se interessa pela pintura, pelo teatro, pela literatura, pelo canto e as outras artes. Para ele é fundamental ter um espaço criativo, onde possa realizar os seus potenciais.

Está geralmente ligado a profissões que utilizam a sua capacidade de comunicação; podemos, assim, encontrar muitas pessoas que têm o Número 3 em posições importantes (especialmente na Síntese das Vogais, das Consoantes e na Síntese Total do nome), trabalhando nos meios de comunicação como jornalistas, produtores, atores e cantores; mas também como vendedores, viajantes e relações públicas. A literatura é campo privilegiado para eles, assim como o teatro.

Não é a toa que se usa “terno” na maçonaria e seus “33” graus, também não é por acaso que os Gr’.’ da R+C’.’ sejam 12 divididos em 4 partes de 3 graus, e que sejam 3 as câmaras desde a afiliação.

No taro bíblico ela representa a segurança nos bens materiais e a encarar a vida com mais entusiasmo.

No antigo Egito é Hathor á a Afrodite egípcia, vaca sagrada que nutre os reis e os deuses. Grande protetora, mãe de Jesus.

Na Cabalah corresponde, no mundo superior, a Binah, Elohin, no altar corresponde ao homem enquanto as velas Deus e a natureza entre ambos.

Apenas pra ilustrar:

NÓS SOMOS

  • CORPO
  • ALMA
  • ESPÍRITO

DEUS É

  • PAI
  • FILHO
  • ESPÍRITO SANTO

O TEMPLO PARTICULAR HOJE ESTÁ DIVIDO EM TRÊS PARTES

  • CABEÇA
  • TRONCO
  • MEMBROS

A OBRA DA SALVAÇÃO PASSOU POR TRÊS ESTÁGIOS

  • CRUCIFICAÇÃO
  • RESSURREIÇÃO
  • ASCENÇÃO

OS DONS DO ESPÍRITO SANTO SÃO NOVE (3×3)

  • PALAVRA DA SABEDORIA
  • PALAVRA DO CONHECIMENTO
  • DONS DE CURA
  • OPERAÇÕES DE MILAGRE
  • PROFECIA
  • DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
  • VARIEDADE DE LÍNGUAS
  • INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS

NOVE (3×3) TAMBÉM SÃO OS FRUTOS DO ESPÍRITO

  • AMOR
  • ALEGRIA
  • PAZ
  • LONGANIMIDADE
  • BENIGNIDADE
  • BONDADE
  • FIDELIDADE
  • MANSIDÃO
  • DOMÍNIO PRÓPRIO

TRÊS SÃO AS VIRTUDES DADAS POR DEUS

  • ESPERANÇA
  • AMOR

SÃO TRÊS QUE DÃO TESTEMUNHO DE CRISTO

  • O ESPÍRITO
  • A ÁGUA
  • O SANGUE

A BÍBLIA FOI ESCRITA EM TRÊS

· HEBRAICO

· ARAMAICO

· GREGO

OS ACONTECIMENTOS BÍBLICOS DERAM-SE EM TRÊS CONTINENTES

  • EUROPA
  • ÁSIA
  • ÁFRICA

AS TRÊS ESSÊNCIAS MATERIAIS SÃO:

  • ENXOFRE (Ossos)
  • MERCÚRIO (Sangue)
  • SAL (Carne)

Círculo Sensível, visual e intelectual, fé, esperança e caridade, é o M:::H:::

  1. Lucifer levou consigo a terça parte dos anjos;
  2. São três as primeiras criaturas de Deus que manteêm o primeiro diálogo: Adão, Eva e o diabo;
  3. Três foram os filhos de Noé que repovoaram a terra após o dilúvio;
  4. Abraão viu três homens, que seriam três anjos;
  5. Os sonhos interpretados por José no Egito falavam de três dias, representados por três cachos de uvas e três pães;
  6. Moisés trouxe três dias de trevas sobre o Egito;
  7. No ritual mosaico faziam-se “três festas anuais, a saber: na festa dos pães ázimos, na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos”;
  8. Era muito comum marcarem prazos de três dias e escolherem três pessoas para determinadas finalidades;
  9. Três amigos teriam vindo consolar Jó;
  10. Daniel orava três vezes por dia;
  11. Na visão de Daniel, um novo reino eliminou três outros;
  12. O templo de Salomão estava dividido em três partes: átrio, lugar santo e santos dos santos (santíssimo);
  13. “Jonas esteve três dias e três noites no ventre do grande peixe”;
  14. Mateus viu três pessoas no momento da transfiguração: Jesus, Moisés e Elias;
  15. Durante três anos da sua vida Jesus curou enfermos e perdoou pecados
  16. Jesus ressuscitou no terceiro dia após sua morte;
  17. Três foram os reis magos que trouxeram presentes a Jesus quando ele nasceu;
  18. Pedro negou Cristo três vezes;
  19. Pedro teve uma visão, na qual ouviu três vezes uma voz;
  20. O Apocalipse fala de três espíritos imundos saindo das bocas de três personagens: dragão, besta e falso profeta;
  21. A grande cidade (Roma) fendeu-se em três partes;
  22. A cidade santa tinha três portas de cada lado;
  23. Três anjos deram três mensagens; etc.

Acho que já não se faz mais necessário a explicação do porque do triângulo!!!

.’. ‘.’

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Papisa





O mago diz: A vida é um jogo. A papisa revela: mas tem suas regras.


A segunda carta do Tarô é “A Papisa” ou “A Sacerdotiza” “Beth”, Sua letra arábica é “B” , número 2, ela está sempre entre duas colunas, que são os braços do Mago, ela leva consigo um livro com os ensinamentos que ela mantém parcialmente oculto sob seu manto. Na Cabala corresponde a Sefira Chokmah, na anatomia esotérica ao Chakra frontal e a glândula pituitária.

No Tarô bíblico representa Mirian irmã de Moisés, no egípcio é Nun, a primeira divindade autogerada, é o grande abismo liquido primordial , é o princípio criador da vida que age no interior das águas. Do fundo do inconsciente brota, a luz da sabedoria e da fertilidade, sob a forma de Ra, o sol criador.

Eis uma relação entre a primeira e a segunda carta:

O mago: Homem, Ativo, princípio, unidade, Bohas, yang, iniciador, aquele que cria e destrói, cultiva e semeia, faz a guerra, o homem destrói para criar, revolução, Adão pai de Caim. Rá, pai.

A Papisa: Mulher, Passivo, verbo, binário, Jakin, yin, formadora, a que reúne, rega e colhe, procura a paz, a mulher edifica para conservar, conciliação, Eva mãe de Abel, Shu, filho.


Dois testamentos, são duas tábuas da Lei, os discípulos foram enviados de dois em dois, dois discípulos foram enviados por Jesus para buscar o jumentinho, dois para prepararem a páscoa, dois discípulos para sepultarem Jesus. Josué e Caleb foram os dois espiões, dois anjos resgataram Lot, houve duas testemunhas na ressureição e na ascensão. No livro do apocalipse de São João, O Divino, fala de duas Testemunhas, duas oliveiras e dois candelabros. Hoje o microscópio vem confirmar o que os Egípcios e os povos antigos já sabiam a muito tempo acerca do espermatozoide e do óvulo.


A unidade só pode se manifestar pelo binário; a unidade por si só e a ideia da unidade já são duas.

São as duas pontas opostas do triângulo de Salomão, assim o universo é contrabalançado por duas forças que o mantêm em equilíbrio; a força que atrai e a força que repele. Essas duas forças existem em física, em filosofia e em religião a revelação progressiva.


Como figuras mitológicas:Ísis-Néftis, Eva-Lilith, Inana-Ereschkigal, Deméter-Perséfone.

Exagrama do I Ching 2 k’um / O receptivo

A segunda carta em si nos remete ao aspecto maternal, lua, tanto que está relacionada com o signo de câncer e a Lua como expressão da nossa consciência lunar, da compreensão e do poder das nossas forças desconhecidas. Seus verbos são: Saber, conhecer, revelar, refletir e cumprir.

Num jogo de cartas ela geralmente representa a mãe, a vó, ou uma chefe, sempre remetendo a autoridade e maturidade com o conhecimento inato. Essa carta pode significar também, um alerta para situações que exijam reflexões antes de se assumir compromissos, ponderação e temperança.

Seus aspectos positivos: Serenidade, pureza de pensamentos e de intenções, pudor, virtude, conhecimento, sabedoria, intuição memória, reflexão, previsão, clarividência, dedução e experiência.

Seus aspectos negativos: Passividade, insociabilidade, simulação ignorância, egoísmo, inibição e dúvida.



Relacionando o conceito relacionado a essa carta a Hermes Trismegisto podemos citar seu quarto grande princípio: “Tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem seu par de opostos; o semelhante e o dessemelhante são uma só coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias-verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados.”

Faz-se necessário tomarmos cuidado com o a díade no sentido da dúvida, podemos então cair na passividade, preguiça, etc...

O conselho que a Sacerdotisa dá é: Aja com sabedoria, eu protejo o conhecimento e quero que você aprenda a enxergar além do óbvio atentando-se à tudo que os outros não vêem. Não se assuste caso tenha vontade de conhecer mais de si mesmo, buscando compreender-se e ao mundo que o cerca. Não tenha medo de revelar teus sentimentos, eu faço a ligação do consciente com o inconsciente ajudando-lhe a ouvir o que teu interior pede, eu sou o espelho, a lua maternal que quero fazer-lhe entender tuas frustrações, esqueça o medo de errar e acredite em teu potencial.


Caso me venha algo a mais acrescentarei aqui assim como em outros arcanos.

Leonardo Rocha ‘.’

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Mago


Bom resolvi fazer um estudo acerca dos arcanos maiores (22 cartas) do Tarô, no entanto, não tenho muito material, tão pouco conhecimento, peço que se possível me ajudem com os erros que se seguirão.

Tenho alguns tarôs aqui que estudo e vou tentar compilar o simbolismo e suas relações entre eles. Especificamente falo do Tarô dos Boêmios (de Papus), Tarô Egípcio, tarô bíblico, Tarô de Rider Waite, Tarô de Marselha, Tarô de Crowley e suas relações com a Cabala, numerologia, chakraterapia, maçonaria e outras correntes.

O Mago

Em qualquer um desses Tarôs observa-se os mesmos símbolos, talvez em lugares diferentes mas simbolizando sempre as mesmas coisas.


A primeira carta do Tarô é “O Mago”, “Alef” , o Homem ou o microcosmo, sua letra arábica é “A”. Nos Tarôs de Marselha, dos Boêmios e egípcio é possível ver melhor representado o homem formando o Alef, a primeira letra hebraica. Ele segura em uma de suas mãos¹ um cetro, pedaço de pau ou mastro que é geralmente de madeira pois representa o elemento terra, força, poder e realismo, o trabalho e a sabedoria.


Representada na cabala pela sephira Kether, o mais antigo dos dias, vontade, poder, enquanto que representa “IOD” símbolo do princípio ativo por excelência de Deus. “In Principio erat verbum”. No princípio era o verbo.” A posição das mão representa também na Maçonaria os dois princípios, ativo e passivo representados pelas duas colunas do templo, Jackin e Bohas, muito embora essa carta faça alusão à Kether, o trono do V.’.M.’. no Oriente. Ele tem controle sobre os quatro elementos, ou busca esse controle conhecendo as leis divinas e aplicando-as na Terra, ele é o mediador entre a Luz que vem do Leste e o Templo.

No tarô bíblico ele nomeia o Mago de Moises, mas como já foi falado aqui em mercúrio, citarei Hermes e seu segundo princípio, o princípio de correspondência: O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima.(Quod superius est sicut quod inferius, Et quod inferius est sicut quod superius). Esta é uma das interpretações de seus braços voltados em direções opostas.

Representa a primeira carta, o transformador Divino, o Universo ativo, a Natureza naturante, da trindade cristã é “o Pai”, pode-se ver também em todas as representações o sinal divino da vida universal colocado geralmente sobre a cabeça do mago, traduzimos pelo símbolo do infinito(Um oito na horizontal).

Os que estão sob a influência desta carta são sem dúvida inventores e produtores, criadores em potencial. A unidade-princípio, cuja origem é impenetrável às condições humanas, fica colocada no começo de todas as coisas, não podemos calcular a origem desta causa primeira que apenas nos contentamos em afirmar sua existência, segundo a lei absoluta das analogias.


No geral essa carta significa iniciativa, seus verbos são: Saber, ousar, agir, criar, querer, executar e interpretar e calar. corresponde ao planeta Mercúrio, e aos signos de gêmeos e virgem. Num jogo de cartas podemos interpretar em seus aspectos positivos: Poder de convicção, espontaneidade, originalidade, habilidade manual e/ou intelectual, talentos e qualidades , potenciais ainda ocultos, inteligência, aprendizagem, livre-arbítrio, flexibilidade e iniciativa, no entanto temos também os aspectos negativos: Futilidade, burla, tendência para ser influenciável, falta de vontade, infantilidade e falta de responsabilidade, confusão dispersão, mentira e astúcia.

Refletindo agora acerca do número 1, número representado pelo Mago: O número 1 é princípio de tudo mas ele só existe porque os descendentes existem, assim como eles só existem porque houve um princípio que à ele retornará, só iremos compreender bem o 1 se estudarmos melhor o 2.



O principal, o elemento dos números, que enquanto totalidade, pode decrescer por subtração, o Um no entanto é ele mesmo desprovido de todo número e permanece estável e firme; daí que, como número, é indivisível, permanece imutável, e ainda que multiplicado por si mesmo, já que um vezes um é ainda um, e a mônada multiplicada pela mônada permanece a mônada imutável até o infinito.

Na chakraterapia, corresponde ao 7° Chakra o chacra coronário, ligado a epífise, para o tratamento das anomalias relacionadas a esse chara é aconselhável utilizar Ametista, quartzo branco e pirita, essa desarmonias são: falta de inspiração divina, dificuldade em contatar o Mestre inteior, dificuldade de concentração, alguns distúrbios cerebrais estão relacionados à esse chakra, para o qequilibrio desse chakra faz-se necessário o silêncio e como cromoterapia, usar Violeta, Branco Fluorescente, Dourado.



O Conselho o mago da é: O teu destino depende de tuas ações presentes, é o início de um novo período em que terás a oportunidade de realizar tudo aquilo que deseja. Momentos importantes surgirão e irão~exigir de você coragem para prosseguir, para isso faça uma limpeza, eliminando tudo aquilo que hoje não mais lhe serve, agrupe o mínimo necessário pra tua nova jornada. Aprenda a se conhecer usando tuas habilidades, lembre-se que essas habilidades nascem contigo e que como eu, um mago, deves dominar tanto o espírito como a matéria.

Obs... Essa última é tão difícil


1. A mão se direita ou esquerda varia de tarô para tarô, no de Papus, egípcio e de Marselha a meu ver estão melhor representados segurando o cetro com a mão esquerda voltada para o alto, pois sendo a mão esquerda receptora ela recebe do alto e emana pra Terra o fluxo as energias mais sutis.

Exagrama do I Ching 1 Ch’ien / O Criativo


Leonardo Rocha '.'

sábado, 4 de dezembro de 2010

Wagner e o Santo Graal






Após quarenta anos de trabalho prodigioso e às vezes sofrendo tempestuosa oposição, Richard Wagner foi reconhecido pelo mundo musical como o maior criador dentro da história da arte musical. Mas é o mundo místico que enxerga em Parsifal, sua última ópera, a revelação do Cálice Sagrado. Para compreender Parsifal, precisamos primeiro abordar as óperas dos anéis. Em maioria, os historiadores acentuam que Wagner extraiu os enredos das óperas dos anéis do épico germânico Nibelungenlied (“O Anel dos Nibelungos”). Mas a penetrante visão de Corrine Heline, em seu livro Música Esotérica de Richard Wagner, revela que as óperas dos anéis representam Água, Ar, Terra e Fogo. Das Rheingold (O Ouro do Reno) representa a Senda da Água; Die Walküre (A Valquíria) a Senda do Ar; Siegfried, a Senda da Terra; e Die Gotftterdammerung (O Crepúsculo dos Deuses), a Senda do Fogo. Por isso, tem-se a certeza de que Wagner teve acesso a ensinamentos místicos.

Iniciação à Luz

As óperas dos anéis supostamente “formam um imenso caleidoscópio do desenvolvimento passado, presente e futuro da espécie humana. Gotftterdammerung representa as trevas da materialidade e revela a senda da iniciação do amor, que levará a humanidade de volta à Luz do Espírito”. Se encararmos as óperas de Wagner como graus de desenvolvimento espiritual, sua ordem seria esta: Tannháuser, Lohengrin, Tristão e Isolda e Parsifal. À medida que as óperas eram criadas, cada qual trazia consigo maior promessa da possibilidade do épico final – a majestosa, a incomparável Parsifal, sobre a qual se afirmou: “Pela música excelsa de Parsifal, o homem pode construir uma ponte de ouro sonora por meio da qual pode comungar com as hostes angélicas e arcangélicas.”

O mundo musical registra que Lohengrin e Parsifal foram baseadas nas lendas medievais do Santo Graal. Afirmase que Wagner obteve o texto para essas óperas na obra do poeta épico e minnesinger (poeta-cantor) alemão Wolfram Von Eschenbach (1170-1220). O primeiro autor que se sabe ter dado tratamento literário à lenda do Rei Artur foi Chrestien de Troyes, da França (fins do século XII). Mas a primeira referência conhecida, data do ano 600 d.C. Essas lendas originaram-se das estórias tradicionais de heróis irlandeses e galeses. Antes do ano 1000 surgiram entre os bretões, que as difundiram no Oeste da Europa, parcialmente através dos minnesingers. Os minnesingers da Alemanha, correspondentes aos Troubadors (trovadores) do Sul da França, floresceram nos séculos doze e treze. Os maiores foram Walther von der Vogelweide e Wolfram von Eschenbach. Mais tarde, os meistersingers sucederam os minnesingers.

O Rei Artur

Afirma-se que o Rei Artur pode ser colocado aproximadamente entre 495 e 537 d.C. O mundo místico, porém, tem motivos para crer que o conhecimento do Cálice Sagrado (o Graal) data de séculos antes do Rei Artur e séculos antes de Cristo. Por ordem do Imperador Napoleão III, a ópera de Wagner Tannhauser foi encenada no teatro de ópera de Paris em março de 1861. Foi vaiada e forçada a sair do palco pelos membros do Jockey Club, que condenaram a produção de uma ópera que não continha o costumeiro balé no meio do segundo ato. Wagner recusou-se a inserir um balé, para não quebrar a continuidade da ópera. Nessa época Wagner estava em penosas dificuldades financeiras, dependendo da caridade de alguns amigos, principalmente de Liszt. A partir de 1850, sua lista de obras literárias aumentou rápida e intensamente, incluindo todos os poemas de todas as suas óperas posteriores, com exceção de Parsifal. Em 1864, Luís II da Bavária ofereceu-lhe o cargo de Diretor Real em Munique, dandolhe ainda amplo apoio para seus projetos teatrais. O teatro de ópera de Bayreuth, construído somente para a produção das óperas de Wagner, foi completado em 1876, e a tetralogia dos anéis, que Wagner chamou de Der Ring des Nibelungen (O Anel dos Nibelungos) foi apresentada nesse ano.

Parsifal

Parsifal, a última ópera de Wagner, foi encenada em 26 de julho de 1882. Causou forte impressão, e dessa época em diante os festivais de Bayreuth, realizados em intervalos irregulares, tornaram-se local de inúmeras peregrinações musicais.


Após o falecimento de Wagner, em 1883, sua segunda mulher, Cosima, que era a filha de Franz Liszt, levou adiante o empreendimento de Bayreuth. No teatro de ópera de Bayreuth, a orquestra ficava oculta da platéia por um enorme peitoril que se inclinava na direção do palco. E o que era mais surpreendente: ninguém podia aplaudir. Wagner desejava que a platéia passasse pelas mesmas experiências sublimes que estavam sendo encenadas. Não obstante, seus nobres temas eram uma afronta para uma sociedade materialista e sensual. Embora eles ficassem furiosos e ofendidos, proibissem de serem apresentadas suas obras e se revoltassem quando encenadas… Wagner não capitulava! Ele sobreviveu aos anos difíceis e enfrentou o doloroso fato de que seu grande talento não era reconhecido. Chamavam-no de teimoso, mal-humorado, egoísta, abusivo em suas exigências, um monstro e um idiota. Mas Wagner não desistia! Ele estava certo, e sabia disso! E, por fim, triunfou. As honras que lhe foram concedidas superaram em muito as desfrutadas por qualquer outro compositor. O tempo provou que suas obras não só revolucionaram a trajetória da ópera, mas reverberaram em todo o campo da arte musical. Assim, sua obra de arte do futuro, que fora tão duramente atacada, acabou tornando-se vitoriosa. Ao criador dessa obra é bem apropriado aplicarmos as palavras de Shakespeare: “Ele de fato vence o pequeno mundo como um gigante.”

Ouça uma homenagem à Parcifal aqui

Ouça a ópera Parcifal de Wagner aqui

O desabrochar da espiritualidade

Analisemos o drama das duas óperas mais reveladoras, Lohengrin e Parsifal. A Princesa Eisa, heroína de Lohengrin, exemplifica a personalidade-alma evoluída o bastante para desposar o Ser Divino (a Grande Luz) exemplificado por Lohengrin, o cavaleiro do Santo Graal. O fato de Eisa sonhar com um cavaleiro em reluzente armadura indica que ela está pronta para ascender a um grau maior de evolução. Lohengrin surge num bote puxado por um cisne. Feitos os planos de casamento, Lohengrin pede que Eisa tenha fé – que não lhe pergunte o nome nem de onde ele vem. Eisa concorda. Tudo parece bem e os preparativos para o casamento são feitos. Mas a dúvida vence a fé. Eisa faz as fatais perguntas, e perde assim seu lugar na Grande Luz. Enquanto ainda soam os acordes da marcha nupcial, Lohengrin tristemente anuncia aos presentes que o casamento não mais ocorrerá. Canta então uma das declarações mais dramáticas de todas as óperas – a narrativa de Lohengrin Em Terras Distantes. Fala sobre Monsalvat e sobre os cavaleiros que aí guardam o Santo Graal. Revela que seu pai é Parsifal, que reina sobre tudo, e que ele é Lohengrin. Lohengrin então parte num bote agora puxado por uma pomba branca. Afirma-se que a ópera Parsifal está mais próxima da “Música das Esferas” que qualquer outra obra composta por mãos mortais.

Wagner sentia que essa obra estava além de sua época e pediu que ela fosse apresentada em Bayreuth só cinquenta anos depois de sua morte. Ele a chamava de Peça de Festival Sacro. Apesar da resoluta oposição da Sra. Wagner, a ópera Parsifal foi apresentada no Metropolitan Opera House de Nova lorque em 1903. Os direitos autorais expiraram em 1913, e seguiram-se produções em Berlim, Paris, Roma, Bolonha, Madri e Barcelona.

A estória de Parsifal leva à verdadeira realidade do “centro divino”. Só Wagner deu a essa revelação mística tratamento dramático tão reverente e significação tão sublime. Os seguintes eventos, que ocorreram antes da abertura dessa ópera, ajudam a esclarecê-la melhor.


O Graal

O Graal é o cálice em que bebeu Cristo na Última Ceia com seus discípulos. Esse cálice sagrado, junto com a lança sagrada, corria o risco de cair em mãos infiéis. Mensageiros devotos confiaram o cálice e a lança a um cavaleiro de imaculada moral chamado Titurel, que construiu um esplêndido santuário chamado Monsalvat (O Monte da Salvação) numa inacessível rocha dos Pireneus, e reuniu uma companhia de cavaleiros de irrepreensível honradez. Esses cavaleiros devotaram-se a preservar o Graal. Uma vez por ano uma pomba descia do Céu para renovar o poder sagrado do Graal e de seus guardiões.



Titurel, chefe dos cavaleiros, percebendo a chegada da velhice, nomeia seu filho, Amfortas, seu sucessor. O cavaleiro Klingsor, que vive perto do castelo de Monsalvat, deseja reparar seus erros à medida que a velhice se aproxima. Tenta juntar-se à Ordem do Graal, mas é rejeitado. Como vingança, consulta um espírito maligno, Kundry, e planeja arruinar os cavaleiros. Invoca o auxílio de um grupo de sirenas, chamadas meninas-flores, metade mulher e metade flor, que viviam num jardim mágico. Descobrindo que muitos dos cavaleiros tinham perdido a dignidade por causa do fascínio das moças-flores, Amfortas decide fazer uma investigação. Leva consigo a lança sagrada, confiando em que esta o protegeria da magia das sirenas. Mas ai… ! – não só ele é subjugado pelo feitiço de Kundry, como Klingsor toma-lhe a lança e nele produz um ferimento incurável. Com profunda infelicidade, Amfortas retorna ao Castelo de Monsalvat, sofrendo eterno remorso e perpétua agonia pelo ferimento. Entretanto, como sacerdote-mor, é forçado a celebrar os Ritos Sagrados, sentindo-se o tempo todo indigno. Em vão busca desesperadamente um remédio para a ferida e perdão por seu pecado. Por fim, numa visão, uma voz lhe proclama que só um “tolo ingênuo” (alguém que ignore o pecado e resista à tentação) poderá lhe trazer alívio, e que mensageiros celestiais guiarão essa pessoa a Monsalvat. Inicia-se então a ação da ópera Parsifal.

Parsifal chega

Ferindo um cisne, sem saber que este estava sob a proteção do rei, Parsifal é arrastado por dois cavaleiros ante Gurnemanz (um veterano cavaleiro do Graal), que o repreende. Essa ação ocorre perto do Castelo de Monsalvat. Os cavaleiros percebem que Parsifal pouco sabe sobre si mesmo. Conhecera um cavaleiro chamado Sir Lancelot, na floresta perto de casa. Contrariando os desejos da mãe, seguira-o até ali. Lembrava-se de que a mãe chamava-se Herzelied (“Tristeza do Coração”). Kundry, que entra em cena com um novo medicamento para a ferida de Amfortas, dá mais informações. O pai do jovem era Gamuret. Após a morte do pai em batalha, a mãe afastou o filho do convívio dos homens, para que não tivesse a mesma sina do pai. A mãe já faleceu, e Parsifal era um andarilho. Kundry (Kundralina) é o estranho ser que parece ter duas naturezas. Ela aparece alternadamente como serva devota do Graal e, sob a influência mágica de

Klingsor, como uma mulher de terrível beleza que, por fascínio, leva à ruína todos os cavaleiros que caem sob seu poder. Essa maldição é uma punição por um crime que cometera numa existência prévia, quando, como Herodíade zombara de Cristo na cruz. Quem a encontre adormecida pode chamá-la a seu serviço; sob o feitiço de Klingsor, ela é bela; no castelo dos cavaleiros, ela é como um feio animal. Alguns dos cavaleiros protestam contra sua presença, mas Gurnemanz a defende. Ocorre a Gurnemanz que Parsifal pode ser o tolo ingênuo enviado para curar a ferida de Amfortas. Enquanto conduz Parsifal ao grande aposento em que o Graal será desvelado no rito anual, Parsifal é tocado pela beleza e deslumbramento do lugar, e diz: “Eu quase não ando, mas estranhamente pareço correr”. Gurnemanz responde: “Meu filho, percebes que aqui tempo e espaço são unos, e tudo é Deus”. Parsifal presencia a retirada do véu do Cálice. O esplendor flamejante do Graal enche o aposento e, enquanto os cavaleiros e damas ajoelham-se em êxtase, Parsifal contempla o Cálice como se não fosse tocado pela cena. Mais tarde, interrogado por Gurnemanz, está tão deslumbrado, que não consegue falar. Enraivecido, Gurnemanz empurra-o para fora do aposento, e bate a porta, fechando-a.

No mundo de fora, Parsifal resiste às meninas-flores e rejeita Kundry, então com sedutora beleza. Enraivecido, Klingsor atira em Parsifal a lança sagrada, que, em vez de feri-lo como fizera com Amfortas, flutua sobre sua cabeça, e Parsifal dela se apodera. Parsifal expulsa a magia maligna de Klingsor para sempre. O poder de Klingsor é anulado, e seu palácio entra em total ruína.


Parsifal vagueia pelo mundo exterior

Embora Kundry use de magia para condenar Parsifal a uma vida de perambulação, ele sai pelo mundo não tanto pelo poder da magia, mas porque ainda tem muito a aprender.

Anos depois, numa bela manhã de primavera, Sexta-feira da Paixão, aliás, Parsifal regressa. Durante sua ausência, Amfortas recusava-se a descobrir o Graal, de que os cavaleiros recebiam sustento e vigor, pois sempre que o fazia a ferida e a agonia voltavam. Sobre a ferida de Amfortas, Corrine Heline afirma: “A incurável ferida de Amfortas é o sofrimento do ser humano, provocado por ele ter caído na vida sensorial – que trouxe consigo necessidades, doença, discórdia, morte e todos os grandes sofrimentos que pesam sobre os habitantes da terra. Essa ferida só pode ser curada pela redenção através de purificação da natureza sensorial inferior e pela transmutação de suas forças nas faculdades da alma”. Amfortas, em crucial agonia, delirante, anseia pela morte. Mas é obrigado a viver para cuidar do Graal. Pela morte do pai, ele é quem deve desvelar o Graal. Como a agonia é maior que suas forças, roga aos cavaleiros que o matem. A essa altura Gurnemanz revela a Parsifal o triste estado dos cavaleiros no castelo. Kundry se encontra no papel de serva do Castelo do Graal. Ela lava os pés de Parsifal na fonte sagrada, e os enxuga com os cabelos (reminiscência de Madalena). Parsifal a batiza.

O Herói

Parsifal acena suavemente com o Graal ante os cavaleiros, que estão com os olhos voltados para cima. Gurnemanz e Amfortas, rei e sacerdote depostos, ajoelham-se ante Parsifal, Rei Sacerdote da Ordem de Melquisedeque, Senhor das Eras. Parsifal é coroado rei e permanece no castelo como líder dos cavaleiros. Temos, assim: (1) A Vinda de Parsifal; (2) A Tentação de Parsifal; (3) A Coroação de Parsifal. Essa sequência encontra paralelo nas três etapas dos antigos mistérios. Foi Pitágoras, o grande filósofo místico do século VI a.C., que apresentou a música e os números como potências de forças divinas. Os estudantes da escola-templo de Pitágoras passavam por três Graus sucessivos (Preparação, Purificação, Perfeição), para conseguirem a derradeira descoberta do centro divino no homem: eles mesmos. Do ponto de vista místico, portanto, a ópera de Wagner Parsifal projeta na era moderna a essência da sabedoria de Pitágoras. Pela luz dessa sabedoria, discernimos o plano de Wagner, de desvelar o Graal, para trazê-lo à visão humana. A Opera Parsifal ainda é encenada anualmente na Sexta-feira da Paixão, no Metropolitan Opera House, de Nova Iorque.

Obra extraída da revista "O Rosacruz" edição de inverno n° 273


por Edna May Crowley, SRC '.'


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