Sempre digo e inúmeras tradições preconizaram que o
tempo e o espaço não existem, são apenas criações de nossa mente, mas como
comprovar? Como sentir e vibrar isso? Mais ainda, como experienciar esse
princípio do Universo, a acausalidade?
Bom, gostaria de começar essa abordagem do tempo com Einstein e sua teoria da
relatividade. A título de ilustração, se pegarmos um ônibus espacial a fim de
darmos uma voltinha de “15 minutos” na velocidade da Luz ou próximo disso no
Universo, quando voltarmos já terão passados 200 anos aqui na Terra.
Para abordarmos o espaço eu cito o “universo das dimensões”, vivemos num mundo
tridimensional, nele quando a luz incide em um objeto gera uma sombra
bidimensional, será que não somos uma sombra de um Universo
quadridimensional? Esse espaço então
tornar-se-ia uma manifestação de consciências próprias tão somente de nós seres
tridimensionais.
E a relação de causalidade? O espaço-tempo da
Física Relativística é uma dimensão mais elevada e traduz uma maior
interligação entre eventos que podem ter conexão
causal entre si. Mas o caráter finito da velocidade da luz faz surgir
eventos que não estariam relacionados causalmente e para os quais até a ordem
cronológica dos elementos poderia ser invertida para dois observadores
diferentes. Então, quando os eventos não são causalmente ligados, a Física
relativística transcende o mundo da causalidade. Chegamos assim ao estranho
mundo do princípio acausal!
É mais ou menos como se fala na física quântica das
conexões não locais, podemos ver por exemplo os táquions, que são partículas
que viajam acima da velocidade da luz. Podemos inclusive chamar o que vem
depois dessas manifestações taquiônicas de causa. A causa que vem depois do efeito? Sim.
Por exemplo: “Admitamos que duas partículas
elementares, por exemplo, dois elétrons, interagem de um certo modo, e depois
se afastam um do outro a uma grande distância. Se se tentar medir as
propriedades de um deles, isso afetará o outro, não importando que estejam a
bilhões e bilhões de anos-luz de distância.”
Agora o que esse tipo de comportamento não local diz, é que quando você
“mexe” com uma partícula, a outra “sabe” disso, e, o que é espantoso, sabe
instantaneamente.
Sendo que se denominarmos essa outra forma de
transmissão de “energia” que não seja a da velocidade da luz, se denominarmos
outra que transmita instantaneamente informações saímos da teoria da
relatividade para uma realidade ainda não “aceita” pela ciência. Que realidade
seria essa? É na verdade uma relação acausal de eventos aparentemente “não relacionados.” No pensamento quântico, os eventos, de um
modo geral, não possuem causas definidas.
Por exemplo, o salto de um elétron de uma certa órbita atômica para outra
órbita pode simplesmente ocorrer sem ter um evento isolado como causa, assim
como muitas coisas em nossa vida.
Jung estabelece o princípio acausal em sua Teoria
da Sincronicidade. Trata-se de uma conexão acausal entre eventos que estão
relacionados de uma maneira significativa. É importante ressaltar que no
pensamento sincronístico não há distinção entre fatos físicos e psicológicos.
Se por exemplo, nós estivéssemos conversando sobre ÓVNIS e de repente um OVNI
aparecesse lá no espaço, estaríamos diante de um fato sincronístico. Dois
eventos, a nossa conversa (um fato psíquico), e um OVNI (um fato físico),
ligados de uma maneira significativa porém ACAUSAL, isto é, um não é a causa de
outro.
Não quero entrar no aspecto da telepatia pois acho
que não se aplica uma coisa com a outra, estamos tratando de eventos
mensuráveis pela Física ainda quântica (aquela que quantifica). Eu não teria a
imperícia de associar uma coisa com a outra pois Jung já estudou isso com as
experiências telepáticas de Rhine, este dito paranormal conseguia “adivinhar” as cartas em um número bem
maior do que simples adivinhações. Mas Jung jamais admitiu qualquer
transferência de energia ou “ação a distância” nesses experimentos, ou seja, o
postulado de energia é inaplicável no experimento de Rhine. Nós estudantes das
escolas de misticismo sabemos que esses experimentos nada tem a ver com a
relação de causa e efeito.
Talvez muitos se espantem com o que vou dizer mas já
fora dito em outra ocasião por Jung, o que entendo é que adivinhações em si
mesmas, não existem. Tudo o que conhecemos e que não conhecemos, ou seja, tudo o
que nossa mente consciente pode abarcar está no inconsciente coletivo, acessível
a nós a qualquer momento, tanto o passado quanto o futuro, bastando para isso
que nossa consciência tateie esse conhecimento. Para a consciência, os
acontecimentos futuros existem como probabilidades.
Claro que as coisas não são isoladas, mas fazem
parte de um sistema bem mais complexo do que a simples relação de causalidade. O
que quero dizer aqui é que a relação causa-efeito é aplicável a níveis de
terceira dimensão e não à tudo como muitos que saem por ai associando tudo a
qualquer coisa que julguem síncronas. Não é bem assim. A Lei de Causa e efeito é
uma lei dentro de um sistema, assim como a lei da gravidade é uma lei dentro do
sistema planetário terrestre, ainda assim com algumas excessões como quando objeto são submersos.
Se pensarmos no tempo presente como reflexo (e não
efeito ) de uma relação passado-futuro fora do espaço-tempo vivemos então em um
constante reflexo do ontem associado ao porvir... mas será que não é assim,
mesmo? A título de b-a-bá, disseram a muito tempo atrás que o que plantamos
hoje colheremos amanhã, e o que
plantamos ontem estamos colhendo hoje, será que não estamos verificando pela Física
que isso é uma verdade cognoscível, experienciável, melhor dizendo?
Continua......
Leonardo Rocha .'.
Poderoso Leonardo Parabéns, lindo o blog. Somos nada diante do todo mas somos tudo diante de todos, aproveitando o ensejo, dia 17 de julho estarei no "6º Encontro de Recursos Humanos do Litoral de SC", com a palestra "Pessoas felizes transformam e multiplicam resultados!".
ResponderExcluirParticipe no evento! Espero você!
Nossa! Muito inteligente =) Meu irmão querido
ResponderExcluirQue bom que voltou a atualizar o blog, senti falta. Tuas postagens são sempre de muita ajuda. Paz Profunda.
ResponderExcluirA racionalidade em demasia nos faz "frios"em relação a sentirmos o que o nosso semelhante sente, diminuindo a empatia e afeto fraternal,ter conhecimento,ter poder,ter status,ter,ter.E ser? Ser como realmente somos,principalmente quando a máscara da hipocrisia cai,mostrando o nosso verdadeiro 'eu'.As grandes citações feitas por homens notórios nos fazem refletir ,muitas vezes,quão grande somos no turbilhão de particulas cósmicas mas tambem como diminuto é o nosso papel no mesmo universo.
ResponderExcluir