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“A MAIOR DE TODAS AS IGNORÂNCIAS É REJEITAR UMA COISA SOBRE A QUAL VOCÊ NADA SABE."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A Casa de Deus

No tarô original de Marselha vê-se a inscrição em francês, La Maison Dieu (A casa de Deus) e em inglês The tower of destruction ( A torre da destruição). A princípio achamos que temos informações antagônicas mas não, não é o que parece.

Não deixamos de remontar à Torre de babel mas não só à ela, também às torres construídas sobre as muralhas de Jerusalém, em especial a tão conhecida “Torre dos Cem” mencionada pelos profetas Jeremias e Zacarias quando da anunciação do final dos tempos e cujo o nome se deu pelo número de soldados que nela se alojaram.

O Homem que quer alcançar a Deus, ao invés de elevar-se até os céus, deve seguir semeando e cultivando em si mesmo o grão de trigo, a semente cujo o aspecto é semelhante ao olho, em sua terra interior. Portanto a lição que este arcano traz é que, quanto mais o homem elevar-se ao mundo físico e material, sendo vítima de seu próprio orgulho, mais estará sujeito a destruição, à ruína e aos raios divinos. Existem aqueles que escondem sua ambição sob o véu do louvor à Deus, diz-se que devemos esperar no Senhor e o dinheiro virá, mas ambicionam, e se rejubilam quando o dinheiro até ele vem, e se envaidece por “merecer tal glória divina”, está construindo sua Torre e uma hora essa “casa de Deus” ruirá.

Também podemos associar às “Casas de Deus” onde se louva o crescimento material em detrimento do espiritual que só se fala como uma fé cega resultando em fiéis em busca de crescimento financeiro sem a prática das virtudes, muito comum hoje em dia.

Em um plano mais abstrato no da consciência podemos interpretar este arcano sendo os raios como as novas idéias, como sendo as verdadeiras Leis de Deus destruindo nossos planos que julgamos serem imponentes, assim como as novas idéias que destroem as idéias que já temos e julgamos serem corretas, muitas pessoas julgam suas próprias idéias como sendo corretas, mas quando não se enquadram nas Leis de Deus são destruídas e muitas vezes não compreendemos, eis os raios que destroem a Torre, que elevamos em nome de Deus como no caso da já citada Torre de Babel. No Tarô de Marselha vemos esse raio representado por uma pena, justamente porque as Leis de Deus não têm o intuito de destruir mas tão somente de corrigir nossos erros gerados pela desarmonia humana, orgulho, vaidade entre outras coisas.

Muito mal interpretado o acontecimento em Sodoma e Gomorra fora exatamente no mesmo intuito assim como o que aconteceu com a Atlântida, uma correção e não punição como muitos interpretam até hoje. Lembremos do arcano VIII, a Justiça, a Justiça de Deus está em uma perspectiva maior do que o nosso próprio senso de Justiça. Está associado ao signo de Capricórnio e à Urano ao número 70 e a Letra O.

Seus aspectos positivos são: Mudança, inevitável, total, porém saudável, repentina tomada de consciência, liberação, liberdade, reconsideração benéfica, situação de crise ou ruptura necessária. Seus aspectos negativos são: Crise, perda, ruptura, desequilíbrio, queda, decepção ou desestabilização inevitável devido as circunstâncias, mas por causa de erros próprios, obstinação ou orgulho.

Quanto ao número 16 ele significa felicidade, é um número quadrado em si, a letra hebraica correspondente é (Ayin).

No I Chin é o 51 Chên – O incitar (Comoção / Trovão)


Leonardo Rocha '.'

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Diabo

O Diabo representa, em todas as cosmogonias , aquela misteriosa força astral cujo o hieróglifo Samekh, desvela a origem. O arcano XV simboliza em si o falso espírito ou o Destino.

A décima quinta carta do tarô deriva seu significado de seu próprio simbolismo.

1 – O destino (o acaso)

2 – A fatalidade resultante da “queda” de Adão-Eva.

3 – O Fluido astral que individualiza.

Nahash. O Dragão do Umbral.

Sabemos que a definição de mal e bem é tão somente uma questão de ponto de vista. Por exemplo: Viajando um pouco em uma alegoria: Pode ser que para “Fulano” ter a liberdade financeira agora seja algo muito bom, visto que no atual momento ele passa por necessidades que seriam facilmente sanadas com essa liberdade financeira. Então no ponto de vista dele a liberdade financeira agora seria algo BOM. Para Deus que conhece nosso coração nossas tendências e o porvir, não, não seria algo bom, mas o contrário, pois ele sabe que com a liberdade financeira agora esse “Fulano” se desvirtuaria de seu caminho inflando assim seu ego, despertando a soberba, o orgulho e a vaidade, arruinando sua vida e pondo uma encarnação “a perder” por fazer mau uso de sua liberdade financeira. Então sabendo o que sabe Deus seria uma “MALDADE” dar essa liberdade financeira à “Fulano”. Constatamos aqui que a liberdade financeira é algo NEUTRO só dependendo do ponto de vista, e assim é com TUDO.

Então o que nos diz em si esse arcano maior? A presença do Diabo em um jogo deve simplesmente nos sugerir uma reflexão sobre o uso que fazemos de nossa força, nossas energias, nossos instintos e nos atentar ao psiquismo, da maneira que nossos pensamentos, desejos e vontades, conscientes ou não, tomam forma e não se realizam, transformando-se assim em mais verdadeiros do que ao natural.

Isso vale mais particularmente aos que conhecem um pouco das clavículas de Salomão, mexeram um pouco com Crowley, salpicaram blavatsky, e servem-se do esoterismo em geral pra fazerem palitos de fósforos se mexerem sozinhos, lâmpadas acender e apagar sozinhas e acharem que são magos, Harry Poter ou Dragon ball Z da vida.

Nós bem sabemos que tudo em excesso faz mal, é ruim, por tanto quando o Diabo aparece em um jogo representa entre outras coisas o excesso.

Vejamos alguns significados negativos deste arcano: Desejos ou impulsos cegos, irreprimíveis, destrutivos ou autodestrutivos, egocentrismo, sentido exacerbado de poder, precipitação, desordem material ou moral, excesso e divisão.

Vejamos alguns aspectos positivos deste arcano: Instinto de posse, Êxito financeiro, Êxito material, paixão amorosa e sensual, força física, criatividade intensa, poder, vontade firme, determinação à um objetivo.

Esta associado ao signo de sagitário (centauro meio homem, meio animal) e plutão – as forças físicas - , segundo regente do signo de escorpião.

No Tarô bíblico está associado ao Adão-Eva que dando ouvido ao seu instinto resolvera satisfazer seu lado carne, a matéria. Ele(a) deu ouvido a essa voz interior tendendo ao prazer mundano e então sucumbiu ao Diabo.


“Quando o Diabo toca o mal se faz”. (By Rayane Ribeiro)

Mitologicamente está associado aos anjos caídos de Schemchasai, Azazel, Helel, Samael. Lúcifer a estrela da manhã que é identificado com Satanás (inimigo). Judas o traidor.

Já que vou falar do número 15, quero ressaltar que o Diabo está sempre ligado ao número 666, e que 1+5 = 6.

Nos baralhos alemães em especial o de Crowley ele vem nessa ordem: “15 Der Teufel”

Pode ser forçado de minha parte mas, pela redução teosófica fica: 6 9 6

Explico:

15 – 1+5 = 6

Der – 4+5+18 = 27 = 2+7 = 9

Teufel – 20+5+21+6+5+12 = 69 = 6+9 = 15 = 1+5 = 6

Muito bem, agora vamos aos números em si:

  • 15 era o número de pares de “Eons” ou princípios sagrados no esquema gnóstico de Valentino.
  • Havia 15 degraus entre o átrio anterior de Israel e o pátio das mulheres, e sobre eles, eram entoados os 15 Salmos dos degraus ou graduais; Salmos 120-134.
  • O 15 é o número de Jah, um nome de Deus; e por isso, os Judeus, que escreviam letras por números, nunca escreviam JH, 10,5, para 15, mas sim Tv, ou seja: 9,6 = 15.
  • Um Grande dia de recreação e júbilo para as donzelas judias era o 15° dia do mês de Ab.
  • O dilúvio cobriu os montes com a profundidade de até 15 côvados.

No I Ching é 36 Ming I – O obscurecimento da Luz

Leonardo Rocha '.'

A Temperança



Do Latim temperare, temperança e temperar significam disposição harminiosa e no respectivo lugar através dos elementos que formam um todo, ou seja, combina-los, mistura-los e dosa-los na justa proporção. Utiliza-se o verbo temperar pra fazer diversas alusões, pode ser aludido ao ato de esfriar bruscamente, emprega-se também esta relação a um instrumento musical que foi disposto de certo modo, a que possa reproduzir com exatidão os sons que lhes são próprios. Observando esta prática musical, que Johann Sebastian Bach compôs sua famosa peça “O Cravo Bem Temperado” que é formada por 48 e fugas breves, alternando-se de dois em dois, e com ela o compositor alemão realizou um maravilhoso estudo sobre o “temperamento” musical (constituindo-se na divisão de uma oitava em doze semitons idênticos).


Temperar também pode significar misturar, adoçar, combinar, medir, moderar e até pôr de molho. Um clima suave daquele encontrado em uma zona temperada, é tido como “temperado.” De outra forma a “temperança” ganhou o sentido de medida, moderação e por analogia, doçura, discrição, tolerância e acomodamento.

Este arcano indica em si o fluir da energia, a água que o anjo despeja de um recipiente ao outro, este arcano encontra-se representando um cordão nutritivo com um fluxo infinito de água, que o anjo entre passa aos dois lados.

Representa a letra N e o número 50, bem como uma pessoa doce, amável, equilibrada, comunicativa e compreensiva no justo sentido de equilíbrio. Está associado ao signo de Escorpião e ao terceiro decanato do signo de peixes cujo os regentes são Marte e Plutão.

Seus significados positivos quando aparecem em um jogo são: Revelação, mensagem, intercâmbios agradáveis, transação vantajosa, boa negociação, oportunidade, inspiração criativa, regeneração, boa notícia, compreensão mútua e renovação. Os significados negativos são: Dívida, fatalism, lassidão, tendência de contornar um assunto, caráter influenciável e oportunismo.


Pra falar do número 14 será necessário falarmos do número V, nesse caso podemos nos repostar ao Papa, mas existem alguns atributos específicos do número 14 vamos à eles.

Osíris fora dividido em 14 partes, são 14 os dias de funeral de um M.'.M.'. , os essênios na época de Jesus usavam um amuleto de 14 pontas para curar, há 14 livros apócrifos escritos todos em grego e nunca em hebraico. Os israelitas tinham de fazer 14 refeições na Tenda durante a festa do Tabernáculo. Em Mateus capítulo 1, encontramos a genealogia de Jesus, narrada em três séries de 14 nomes, a primeira abrangendo os patriarcas e os Juízes, a segunda, os reis, e a terceira, os sacerdotes e os governantes. A lua aumenta e diminui a cada 14 dias.

A letra hebraica representada pelo número 14 é nun e Num exprime o produto de toda combinação, o resultado da ação das forças ascendentes ou criadoras e das forças descendentes ou destruidoras, representadas pela estrela de Salomão.


A 14° carta representa aquela moça que vimos no arcano 11 e reencontraremos no arcano 17. A corrente vital situada sobre a cabeça no arcano 11° passa aqui de uma urna para outra e se propagará no arcano 17.

No tarô bíblico é representada por Isabel, irmã de Maria mãe do mestre Jesus.

Mitologicamente é representado pela deusa grega Nêmesis, deusa da moderação e guardiã da ordem divina.

Uma Sugestão de vídeo

No I ching é Ch’ien – A modéstia

Leonardo Rocha '.'

domingo, 13 de fevereiro de 2011

A morte



Este arcano tem sido muito mal interpretado em geral, claro que em si a figura da morte não nos remete a uma figura tranquila e simpática. Talvez por ser a única e primeira certeza constatável em nossa senda da evolução a morte nos causa uma certa angústia e fascínio. Talvez esse sentimento acerca da morte seja por ser ela inevitável e por marcar um último acontecimento do qual ninguém pode escapar. No entanto a morte não existe no absoluto, ela é simplesmente uma das duas fazes da vida Cósmica. É tão somente a ignorância e incompreensão do que é a morte que gera o desespero das pessoas quando se fala nela. Claro que quando um ente querido morre, nós sofremos pela sua ausência e a certeza de que só o veremos novamente depois que nós também morrermos.

Em geral seus significados quando aparecem em um jogo são, positivos: Mudança, transformação, colheita, proveito, benefício, vantagem, lucro, acabar, conclusão, advento, ou negativos: Suspensão, perda, detenção, fim, ruptura, mudança ou obstáculo imposto pelas circunstâncias.

Existem aqueles que não creem na vida após a morte, pra esses a morte seria um fim para os problemas e um cerceamento à felicidade, no entanto a Morte é tão somente uma mudança de vibração, deixamos esse veículo (corpo) e continuamos a viver sem ele. Mesmo ainda neste corpo podemos constatar em alguns estudos, exercícios teóricos e práticos a dualidade da vida e que há vida fora da matéria.

Como já sabemos o simples fato de falarmos, nascimento, nascimento, nascimento, não causará o nascimento de uma criança, da mesma forma ocorre com a morte, não é o fato de falarmos em morte que ela ocorrerá ou anteciparemos seu acontecimento; não se deve confundir a criação mental, que envolve processos mais complexos, com o simples dizer.

Bom passemos a falar então acerca do número em si, o numero treze é o símbolo relacionado a sorte e azar mais conhecido, e que tem as opiniões mais divididas em quantos muitos o acham como um símbolo de azar outros tantos o tem como amuleto de sorte, os asteca consideravam o numero treze como um numero fundamental para o ciclo de seu calendário.

De todos os instrumentos de medição que a humanidade usa, o mais aceito sem nenhum tipo de restrição é o atual calendário gregoriano.


Como iniciou-se esta medição? – No ano 3113 ac, no antigo Egito, em um momento limitante, dividiram um círculo em doze partes de 30 graus cada, adicionando mais 5 graus para fechar um ano solar de 365 dias e a partir daí, iniciou-se a contagem do tempo tridimensional. E a última e atual versão deste calendário, foi instituída pelo papa Gregório XIII, daí a denominação calendário gregoriano. Este calendário hoje, rege a vida sócio-econômica de todo o planeta.

Mas já que anteriormente falamos nos Maias, Os Maias usavam 13 números (chamados de tons) para identificar os 13 fluxos de energia em estado puro que emanam em espiral de forma grandiosa de nosso Criador, sustentando e desenvolvendo todas as criaturas. Estes 13 fluxos de energia se deslocam por nossa realidade na forma de freqüências pulsantes. Eles se misturam e interagem uns com os outros de modo muito precioso. São responsáveis pela criação da matéria em nosso mundo tridimensional.

Treze é o número de Deus porque contém a totalidade destes treze fluxos de energia criativa. Como sabem, o número 13 era reverenciado por várias civilizações antigas; em nossa história recente, havia 12 apóstolos e Jesus (Sananda) formando o 13º, como representante da energia divina.



O símbolos usados pelos Maias para descrever essa realidades de energia representam portais para esta força que personificam. O FATO DE SIMPLESMENTE OLHAR PARA OS SIMBOLOS DO CALENDÁRIO MAIA PODE DESENCADEAR UMA RESPOSTA CORPORAL EM NÍVEL SUTIL, DE SUBPARTICULAS NUCLEARES. TRATA-SE DE UMA FORMA MUITO SOFISTICADA E PODEROSA DE GEOMETRIA SAGRADA ATUANDO EM NÓS.

O Calendário Maia desenvolve sutilmente nossa mente levando-a uma freqüência mais elevada, que a torna telepática. Está telepatia criará e modificará a matéria nos ligando a uma dimensão superior de realidade, na qual a comunicação acontece por meio do fluxo de energia.

Utilizar os símbolos do Calendário Maia é como saber o número de telefone correto para discar sua ligação galáctica com a Fonte. Cada um dos 260 Kins é por si só uma meditação, que tem o propósito de deixa-los entrar em contato com a mente Pura.

Os códigos (selos) não devem ser entendidos com mente analítica, racionalmente. Eles estão além da nossa compreensão lógica, não sendo necessário serem "entendidos".
A interpretação racional corresponderia ao seu ego dando uma opinião analítica. Fazendo isso a maioria pensa encontrar um atalho fácil mas, na realidade, estaria se esquivando de entrar na correta freqüência quadrimensional.

Os Maias proporcionaram maravilhosas interpretações para nosso calendário Galáctico. Eles usavam os 13 números que denominaram tons, para identificar os 13 fluxos de energia vinda do criador que espiralam para este universo. Estes 13 fluxo de energias estão representados em nosso corpo ou melhor, em nossas 13 grandes articulações.
Estas freqüências criadoras se deslocam para nossa realidade e interagem de um modo muito preciso, criando a matéria em nosso mundo da forma. O Treze é considerado o número de Deus porque contem a vibração destes trezes fluxos de energia criativa.


O que dá movimento ao nosso corpo são as 13 articulações principais (6 correspondentes aos membros do lado esquerdo, 6 aos do lado direito e a superior da cabeça) e da mesma forma os treze tons transferem movimento aos 20 vinte selos que estão por sua vez representados pelos dedos das mãos e dos pés. Portanto, o corpo humano possui embutidos os códigos da criação que governam os aspectos espirituais e tridimensionais da vida.
Tudo é número. Deus é número. Deus está em tudo. Treze é o número da sabedoria cósmica de Deus, perfeito em seu poder de criação e mudanças. Sete é a diferença entre treze e vinte. Sete é a perfeição mística entre um e o treze.
Brinque na freqüência criadora do 13 em seu dia a dia e experiencie a beleza da arte criativa da mente superior no agora.
Deus está em você, ele é você e no início Deus geometrizou.

Muitos acreditam que a lenda que originou “o medo” do número 13 teve seu início em um banquete dos deuses nórdicos, onde 12 divindades participavam. Loki, o Deus do fogo, resolveu se vingar por não ter sido convidado e enganou um Deus cego para que ele ferisse Baldur (o Deus solar e preferido do pai de todos os Deuses). Daí a crença de que um jantar com 13 pessoas não traz boa sorte.

E por falar em problemas na hora de um jantar, na Última Ceia, que aconteceu na véspera da crucificação de Jesus, havia 13 pessoas à mesa. Os 12 apóstolos e a 13ª pessoa que era Judas, o traidor de Jesus. Mais uma vez, o número 13 aparece associado à morte, o que acabou fortalecendo a crença de má sorte. Também crê-se que o 13° era Jesus, o que morreu.

Outrora, na Provença, o Natal era festejado com treze sobremesas; na Romênia, com treze pratos de peixe.

Foram os treze primeiros Estados Unidos da América, que tomaram a iniciativa histórica de uma "Declaração dos Direitos do Homem". A primeira bandeira dos Estados Unidos tinha treze estrelas e treze listas vermelhas e brancas.

No Concílio Vaticano II, o famoso Schéma XIII foi considerado um dos documentos determinantes, que marcou, no que concerne aos debates e à entrada da Igreja em uma nova era, "a passagem para um outro plano".

Há doze signos do zodíaco, com o Sol no centro. O número 13 é sagrado, assim como quaisquer de seus múltiplos. Identifica um iniciado ou alguém que renasceu através dos poderes mentais da transmutação. O número 13 é preservado nas medidas da Grande Pirâmide.

Astrologicamente, a carta treze do Tarô, a Morte, é vista por alguns como regida por Escorpião, que governa os órgãos de reprodução, o nascimento, a morte e a transformação. Outros atribuem-lhe os planetas Urano e Saturno. É a foice que, ao cortar os testículos de Urano, fertilizou o mundo com vida avassaladora. É a imparcialidade fria, violenta e visceral de Urano, em conflito com a severidade e persistência de Saturno.

A décima terceira letra do alfabeto hebraico, mem, tem como valor numérico 40. Quarenta está ligado à purificação: o povo judeu errou quarenta anos no deserto (Êxodo), Jesus jejuou quarenta dias, a Quaresma dura quarenta dias (e termina com a Ressurreição). Treze e quarenta estão ligados nessa noção de "morte a si mesmo" e de "renascimento espiritual". Treze, 1 + 3 =4. Quarenta, 4 + 0 = 4. Quatro é o ressurgimento para uma nova vida, a concretização e a matéria. VIDE ARCANO IV


No tarô bíblico este arcano é simbolizado por Lázaro que conheceu a Morte e voltou a vida. Mitologicamente faz-se referência a Tanatos, Hipnos (o sono) e aos filhos da Noite (Nyx).

Um dos motivos para o trauma como número 13 também foi a morte de Jacques DeMolay , pois foi numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, que Felipe IV mandou prender todos os Templários da França e o seu Grão Mestre, Jacques DeMolay, os quais submetidos a inquisição, foram por esta acusados de hereges e queimados até a morte., Enquanto DeMolay queimava na fogueira, ele disse suas últimas palavras:
"- Nekan, Adonai!!! Papa Clemente... Cavaleiro Guillaume de Nogaret... Rei Filipe; Intimo-os a comparecerem perante o Tribunal do Juiz de todos nós dentro de um ano para receberdes o seu julgamento e o justo castigo. Malditos! Malditos! Todos malditos até a décima terceira geração de suas raças!!!

Após essas palavras, Jacques DeMolay, inclinou a cabeça sobre o ombro e entregou sua alma ao Pai Celestial.

Quarenta dias depois, Filipe e Nogaret recebem uma mensagem: "O Papa Clemente V morrera em Roquemaure na madrugada de 19 para 20 de abril, por causa de uma infecção intestinal", Filipe e Nogaret olharam-se e empalideceram.

Rei Filipe IV, o Belo, faleceu em 29 de novembro de 1314, com 46 anos de idade, quando caiu de um cavalo durante uma caçada em Fountainebleau.

Guillaume de Nogaret acabou falecendo numa manhã da terceira semana de dezembro, envenenado.

Mors non finis, sed medium aeternum.

Segue um vídeo que trata bem do tema: http://www.youtube.com/watch?v=8nrrOumKYN4

Leonardo Rocha '.'

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Medo de perder

Um dos maiores obstáculos para uma vida plena, harmônica, mais expressiva e significativa, é o medo de perder; sobretudo, o medo de perder alguém, o medo de perder alguém que nós dizemos amar, o medo de perder a esposa ou esposo, os filhos, os amigos, o patrão, o empregado, o cliente. Esta emoção é a principal responsável pelo nosso sofrimento vital.

O medo de perder é o medo de nos tornarmos dispensáveis para a pessoa com a qual nos relacionamos. O medo de perder se reveste de mil e uma formas, aparece sob mil disfarces: medo de sermos criticados por alguém, medo de que falem mal de nós, medo de que nos humilhem, medo de sermos abandonados, medo de sermos rejeitados, medo de não sermos importantes, medo de não sermos ilustres, medo de sermos menosprezados, medo de não sermos amados, medo da solidão. E tudo isso pode ser designado mais claramente por uma palavra: - ciúme.

O ciúme é o medo de não ter alguém, de não possuir alguém, de não vir a ser dono de alguém. Na relação ciumenta, colocamos nós e o outro como objetos. Nesta relação, pessoa e objeto são a mesma coisa. No ciúme, temos medo de sermos algum dia considerados inúteis, dispensáveis a outra pessoa.

Esta é a emoção do sofrimento, a emoção do apelo, a emoção da relação confusa, misturada, dependente. E o que a agrava é que na nossa cultura aprendemos do ciúme como sendo amor. E o ciúme é justamente o contrário. O ciúme é o oposto do amor.

Na relação amorosa, existe identidade: - "Eu sou independente de você!"
Na relação ciumenta, por outro lado, na relação objetal, perde-se a identidade: - "Eu, sem você, não valho nada.

Você é tudo para mim!" O amor é solto, é livre, vem de querência íntima, está diretamente ligado ao sentido de liberdade, de opção, de escolha. O ciúme prende, amarra, condiciona, determina.

"Com esta emoção, eu já não sou eu; sou o que o outro quer que eu seja. E eu sou o que o outro quer que eu seja, para que ele também seja o que eu quero que ele seja." No ciúme, há um pacto de destruição mútua, em que cada qual usa o outro como garantia de que não estará sozinho: - "Eu me abandono para que o outro não me abandone, eu me desprezo para que o outro não me despreze, eu me desrespeito para que o outro não me desrespeite, eu me destruo para que o outro não me destrua.

O ciúme é o medo de ser dispensável a alguém, e o mais grave talvez esteja aqui: - passamos a vida inteira com medo de nos tornarmos para os outros um dia o que nós já somos - totalmente dispensáveis. O homem é, por definição, dispensável, transitório, efêmero, aquilo que passa - e isto é bastante real. Em todas as relações que temos hoje somos substituíveis. O mundo sempre existiu sem nós, está existindo conosco e continuará a existir sem nós. Nós somos necessários aqui e agora, mas seremos dispensáveis além e depois. O medo de ser dispensável a alguém é o mesmo medo da morte, que tambem é real. O medo da morte é o ciúme da vida. É a vontade falsa, irreal, de sermos eternos, permanentes e imutáveis. O medo de perder nos leva a entender que as coisas só valem a pena se forem eternas, permanentes, duráveis. Uma relação só tem valor, neste caso, se tivermos garantia de que sempre será assim como é.

E como tudo é transitório, como tudo é mutável, como tudo é passível de transformação, o medo de perder nos leva a um estado contínuo de sofrimento. As consequências do ciúme são muito claras: - "Se eu tenho medo de que me abandonem, de me tornar dispensável a alguém, de que não me amem, ao invés de fazer tudo para ser cada vez mais, para ser cada vez melhor, eu vou gastar toda a minha vida, todas as minhas energias para provar aos outros que eu já sou o mais, que eu já sou o melhor, que eu já sou o primeiro.

Ao invés de empenhar esforços para ser um marido, p. ex., cada vez melhor, um filho cada vez melhor, uma esposa cada vez melhor, um pai ou mãe cada vez melhor, um chefe cada vez melhor, uma empregada cada vez melhor, eu gasto minhas energias para provar à minha mulher, aos meus amigos, aos meus filhos, ao meu marido, ao meu chefe, ao meu empregado, que eu já sou o melhor pai do mundo, o que é mentira; o melhor marido do mundo, o que é mentira; o melhor amigo do mundo, o que é mentira; o melhor chefe do mundo, o que é mentira; o melhor empregado do mundo, o que é mentira!"; e assim por diante.

O ciúme nos conduz ao delírio da onipotência. Os nossos atos, as nossas iniciativas, a nossa conversa, o nosso comportamento, as nossas considerações, tudo é para mostrar aos outros que nós já somos bons, fortes, capazes e perfeitos.

Aqui está a diferença básica, fundamental, entre o medo de perder e a vontade de ganhar. O medo de perder é assim: - "Ganhamos, ninguém vai nos tomar. Gastaremos todas as energias para defender o que nós já possuimos, para conservar o que já ganhamos. Nós já chegamos ao ponto máximo, só temos que perder". A vontade de ganhar, por outro lado, é assim: - "Estaremos sempre ativos, descobrindo as oportunidades do ganho. Procuraremos ganhar cada vez mais, ao invés de nos preocuparmos com possíveis perdas. O que nós temos de mais sagrado é a nossa própria vida, e esta, nós já vamos perder.

Todas as outras perdas são secundárias. O medo de perder é reativo, defensivo, justificativo. As pessoas ciúmentas estão sempre com um pé atrás e outro na frente. Sempre se prevenindo para não perder, sempre se preparando, sempre se conservando. As pessoas com vontade de ganhar estão sempre ativas, sempre optando, arriscando. O medo de perder é a vivência do futuro, é a vivência antecipada do futuro, é preocupação. A vontade de ganhar, por outro lado, é a vivência do presente, é a vivência da beleza do presente. Em tudo, a cada momento, existem riscos e existem oportunidades. No medo de perder, a pessoa só vê os riscos. Na vontade de ganhar, a pessoa vê os riscos mas, sobretudo, vê também as oportunidades.

Cada momento da vida é um desafio para o crescimento. A vontade de ganhar, a qual nos referimos, não significa ganhar de alguém, mas ganhar de si mesmo, ser cada vez mais, estar sempre disposto a dar um passo à frente, estar sempre disposto a crescer um pouco mais. É importante termos sempre para nós que hoje podemos crescer um pouco mais do que éramos ontem; descobrir que ninguém chegou ao seu limite máximo, e que idade adulta não significa que chegamos ao máximo de nossa potencialidade. Não existe pessoa madura. Existe, sim, a pessoa em amadurecimento. Todo o nosso sofrimento vem de uma paralização do crescimento pessoal e cada um de nós sabe muito bem onde paralizou, onde a nossa energia está bloqueada, onde não está havendo expansão da nossa própria energia. Ainda não vimos, ate hoje, um relacionamento se deteriorar sem uma presença marcante do ciúme, do desejo de sermos donos da outra pessoa, de uma ansia de mais poder e controle sobre os pensamentos, os sentimentos e as ações da pessoa a quem dizemos amar. O ciúme é a doença do amor, é um profundo desamor a si mesmo e, consequentemente, um desamor ao outro.

Pelo ciúme, se estabelece uma relação dominador/dominado. O ciúme é a dor da incerteza com relação aos sentimentos de alguém no futuro. É a raiva de não possuir a segurança absoluta do relacionamento, do futuro. É a tristeza de não saber o que vai acontecer amanhã. Alias, o que doi no ciúme é a insegurança do futuro, é a insegurança do desconhecido. A loucura esta aí: - Passamos a vida inteira tentando conseguir o que jamais conseguiremos - segurança! A segurança não existe, não existe nada. Ser seguro não significa acabar com a insegurança, mas aceita-la como inerente a natureza do homem. Ninguém pode acabar com o risco do amor. Porisso, só é possivel estarmos em estado de amor, se sabemos estar em estado de risco.

Desperdiçamos o único momento que temos, que é o agora, em função de um momento inexistente, o futuro. Parece que as pessoas só valem para nós no futuro. Nós não curtimos hoje o relacionamento com a mulher, com os filhos, com os amigos, sofrendo pela possibilidade de um dia não sermos queridos por eles. O filho, por exemplo, parece que só nos é importante amanhã quando crescer, se formar, quando casar, quando trabalhar, etc. Até hoje ainda não conhecemos um pai preocupado com o futuro dos filhos que estivesse brincando com eles. Em geral, não têm tempo porque estão muito preocupados em assegurar-lhes um futuro brilhante. O ciúme é a incapacidade de vivenciarmos hoje a gratuidade da vida. Hoje é o primeiro dia do resto da nossa vida, querendo ou não. Hoje estamos começando, e viver é considerar cada segundo de novo. A cada dia, o seu próprio cuidado. O medo daquilo que me pode acontecer tira minha alegria de estar aqui e agora, o medo da morte tira-me a vontade de viver, o medo de perder alguém tira-me a beleza de estar com ele agora.

Aliás, quando temos medo de perder alguém, é porque imaginamos que as pessoas são nossas. Ninguem pode perder o que não tem e nós sabemos que ninguém é de ninguém. Cada pessoa é unica e exclusivamente dela mesma. Esta é outra falsidade. Podemos perder um livro, um isqueiro, um baralho, uma bolsa, porém jamais uma pessoa. O sinônimo do medo de perder é a obsessão do primeiro lugar. O que é a obsessão do primeiro lugar? É colocarmos nos outros a tarefa impossivel de sermos sempre os primeiros em todos os lugares e em todas as circunstâncias. Se é em casa, queremos ser o primeiro; no trabalho, queremos ser o primeiro; numa reunião, queremos ser o primeiro; no futebol, queremos ser o primeiro; num assunto especifico, queremos ser o primeiro; e em outro assunto qualquer, sempre o primeiro. O primeiro lugar é amarelante, deteriorante, ao passo que o segundo lugar é esperançoso, é reverdejante, pois quando alguém chegou ao cume da montanha, so lhe resta um caminho: - começar a descer. No segundo lugar, ainda temos para onde ir, para onde crescer. A postura do segundo lugar nos leva ao crescimento, ao crescimento contínuo. Por que voce não se decreta no segundo lugar, mesmo quando esteja ocupando socialmente e eventualmente o primeiro lugar? O segundo lugar, não em relação ao outro, mas em relação a voce mesmo, ou seja, ainda temos por onde crescer e melhorar.

Você sabe por que o mar é tão grande, tão imenso, tão poderoso? É porque teve a humildade de se colocar alguns centímetros abaixo de todos os rios do mundo. Sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, alguns centímetros acima de todos os rios, não seria o mar, mas uma ilha. Toda a sua água iria para os outros e ele estaria isolado. E, além disso, a perda faz parte, a queda faz parte, a morte faz parte. É impossível vivermos satisfatoriamente se não aceitarmos a perda, a queda, o erro e a morte. Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer. Não é possível ganhar sem saber perder, não é possível andar sem saber cair, não é possível acertar sem saber errar, não é possível viver sem saber morrer. Em outras palavras, se temos medo de cair, andar será muito doloroso; se temos medo da morte, a vida é muito ruim; se temos medo da perda, o ganho nos enche de preocupações. Esta é a figura do fracassado dentro do sucesso. Pessoas que quanto mais ganham, quanto mais melhoram na vida, mais sofrem. Para a pessoa que tem medo de ficar pobre, quanto mais dinheiro tem mais preocupada fica; para a pessoa que tem medo do fracasso, quanto mais sobe na escala social, mais desgraçada é a sua vida. Em compensação, se voce aprende a perder, a cair, a errar, ninguem o controla mais. Pois o máximo que pode acontecer a voce é cair, é errar, é perder, e isso voce já sabe. Bem-aventurado aquele que já consegue receber, com a mesma naturalidade, o ganho e a perda, o acerto e o erro, o triunfo e a queda, a vida e a morte.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Enforcado


À primeira vista o enforcado significa que estamos encalhados e imobilizados. Depois de uma consideração mais profunda verificamos que, sob a imobilidade exterior dessa calma forçada existe uma necessidade e a oportunidade de chegarmos a uma cosmovisão e a uma modificação da vida através de uma compreensão profunda.

A passividade a que estamos condenados em tais casos torna-se mais clara através de uma doença que, de fato, muitas vezes é representada por esta carta. Essa carta em geral significa abandono (como renúncia), pode significar um momento de afastamento voluntário pra melhor olhar a situação como um todo pra então tomar a melhor decisão ou seguir um melhor caminho.

Este arcano está associado ao número 30 e a letra L (Lamed), associa-se também ao signo de Libra, no segundo decanato tendo como regente Saturno.


Seus significados positivos são:

Abandono, confiança, fé, espera frutífera, período de tréguas ou de transição, receptividade, ceder, relaxar, troca de valores, entrega de si próprio, abnegação, arrependimento.

Seus significados negativos são:

Deixar-se levar, situação de bloqueio sem saída, anulação da vontade, dependência, lassidão, preguiça, vítima de pensamentos e atos equivocados.

Vamos agora interpretar seus símbolos. As mãos do homem estão dobrados a formarem um triângulo cujo a cabeça é o vértice, os olhos dele estão abertos, sua perna direita se cruza a formar uma cruz. Este arcano (12) ocupa o meio entre os arcanos 9 (Sabedoria) e 15 (Fatalidade). Estes arcanos representam as duas mulheres do arcano 6 (Os enamorados). O Enforcado serve de exemplo aos audaciosos e sua posição indica disciplina, submissão absoluta que o humano deve ter pelo divino.

Numerologicamente também é constatável a relação entre os arcanos 9 e 15 com o 12.

9 + 15 = 24; 2 + 4 = 6

6° é justamente o arcano dos enamorados e a metade do 12°, muito embora o 12° seja 3 (1+2 = 3) 3, metade de 6, apenas uma escolha em relação as duas que se tem, também faz referência ao triângulo formado pelos braços e cabeça do enforcado, lembrando que esse triângulo tem o vértice voltado pra baixo que da uma ênfase ao lado espiritual em seu significado.

Lembrando que numerologicamente falando do 10° Arcano em diante devemos recorrer ao significado dos 9 primeiros arcanos pela adição teosófica.


Na maçonaria no 18° Grau do R.'.E.'.A.'.A.'. é facilmente identificável o simbolismo dessa carta em um dos sinais de reconhecimento.

Em geral esta carta diz: Você está próximo de atingir seus objetivos. Para tanto, esta carta pede que você dê mais atenção às contradições, àquilo que esta por trás das coisas. Ou seja nem sempre o mais óbvio é a solução do problema. Por fim a 12ª carta do tarô representa o poder equilibrador por excelência. Ela neutraliza as oposições da décima e décima primeira cartas.

Os mistérios do doze dizem respeito às relações entre o abstrato e o concreto, entre a Trindade e o mundo material.

3 = Trindade. 4 = Estruturação Material. 3 x 4 = 12

Pela figura abaixo vemos que o doze é um número resultante da interação do três com o quatro, a manifestação do espiritual no material. Como diz Chaboch: "O doze é um número glorioso, é a manifestação da Trindade nos quatro cantos do horizonte. É a exaltação da matéria pelo espírito".

Tudo aquilo que diz respeito à manifestação do espiritual sobre o material no sentido de comunicação e de ensinamentos obedece ao mistério doze como veremos.

Isto tem relação com algo bem atual. A coroa usada na sagração do Rei da Inglaterra tem doze pedras simbólicas.

Topázio - Símbolo das virtudes que deve possuir o Rei
Esmeralda - Símbolo da justiça do Rei
Sardônico - Símbolo da elevação do Rei
Crisólito - Símbolo da sabedoria e da prudência do Rei
Calcedônia - Símbolo da coragem do Rei
Jacinto - Símbolo da temperança e da solidariedade do Rei.
Jaspe - Símbolo da abundância que deve ser dada ao povo.
Crisólogo - Símbolo da busca das coisas celestes pelo Rei.
Berilo - Símbolo do desprendimento e da pureza do Rei
Safira - Símbolo da continência Rei.
Ametista - Símbolo da função real da que o Rei não deve abrir mão.
Ônix - Símbolo da humildade, da caridade e da sinceridade do Rei.

Doze era o número das principais divindades do Olimpo.

Em Sânscrito o Sol tem doze nomes que são utilizados com mantras:

OM MITRAYA NAMAH
OM RAVAYEH NAMAH
OM SURYAYA NAMAH
OM BHRNA VEH NAMAH
OM KHGAYA NAMAH
OM PUSHNE NAMAH
OM HIRANYA GARBHAYA NAMAH
OM MARICHAYE NAMAH
OM ADITYAYA NAMAH
OM SAVITRE NAMAH
OM ARKAYA NAMAH
OM BAHSKARAYA NAMAH..

Diz a mitologia japonesa que o Criador está sentado sobre doze almofadas sagradas e segundo a Tradição coreana o mundo está divido em doze regiões.

A Tábua das Esmeraldas, deixadas pelo Deus Tot ( Hermes) contem doze proposições essenciais que cabe ao discípulo descobri-las e estuda-las.

São 12 os graus da Ordem Rosacruz.

Pouco sabem o que diz a Tradição a respeito as Tábuas da Lei recebidas por Moisés: "Haviam doze mandamentos, e não dez; dois mandamentos foram perdidos e permanecerão ocultos até que o homem esteja preparado para recebê-los, o que ainda não acontece em nossos dias!."

Após a multiplicação dos pães encheram-se doze cestos com a sobra.

O relógio é divido em doze horas e existe o mistério das 12 horas ( meia noite ). É um mistério elevado que mostra o infinito dento do finito, o eterno-agora. Quando é meia noite, por menor que seja a fração de tempo sempre é possível divida-la sucessivamente "ad infinitum". O momento exato da meia noite somente existe ao nível de infinito e Jesus nasceu a meia noite mostrando que Ele nunca nasceu no plano material pois Sua existência é no plano infinito.

O dia é dividido em 12 horas, assim também a noite e cada hora tem um significado cósmico especial.

Existe muita ilusão na Astrologia, mas há também uma base bem sólida ligada exatamente aos doze focos de irradiação sideral, que se localizam em relação a terra mais ou menos nas 12 constelações zodiacais.. Na realidade nada tem haver diretamente com alguma força emanada dos planetas e menos ainda com as estrelas e constelações do zodíaco, pois eles estão muito além desses limites. Os planetas, assim como as constelações zodiacais servem, apenas como marcadores, como sinalizadores indicativos da posição da terra em relação aos "faróis" cósmicos.

A acupuntura se baseia no Yin/Yang e no fluxo de energia QI ( variedade de Energia Sutil ) no organismo. A energia flui por 12 meridianos básicos. Segundo o "principio da correspondência" de Hermes, assim como e em cima é em baixo, podemos dizer que tal como existem doze canais de energia no organismo também existem doze no universo. A energia universal flui no organismo por doze vias ( meridianos ) e à cada um deles corresponde um dos focos de irradiação cósmica. Os meridianos de acupuntura são canais de energia sutil no corpo orgânico assim como os canais cósmicos o são do Universo.

Em Homeopatia Schussler descobriu que a célula depende essencialmente de 12 substancias das quais ele preparou os clássicos 12 remédios de Schussler.

O alfabeto hebraico é composto por três letras mães: aleph, mem, schin; por sete letras duplas:Beth, ghimel, dleth, kaph, pé, resh, tau e por doze ; "simples": Hé, vav. Zayin, heth, teth, yod, lamed, noun, samekh, hayn, tazdé, qoph.


Doze foram os discípulos de Jesus, 12 os frutos do Espírito Santo, 12 as tribos de Israel, 12 os filhos de Jacob. O 12 se considera passivo e é o sinônimo da perfeição. Doze vezes 30 graus formam os 360 graus da circunferência.
Os caldeus, os etruscos e os romanos dividiam a seus deuses em 12 grupos. O deus Odin escandinavo tinha 12 nomes, do mesmo modo que os rabinos sustentavam antigamente que o nome de Deus se compunha de 12 letras. Adão e Eva foram expulsos do Paraíso às 12 horas do meio dia. São 12 as pedras preciosas da Coroa da Inglaterra, 12 as portas da cidade de Jerusalém e 12 os anjos que as custodiavam, segundo o Apocalipse. Segundo João, o Evangelista, em Jerusalém viverão 12 mil homens eleitos.
Platão admitia 12 deuses em sua República. O 12 é o número do justo equilíbrio, a prudência, a forma graciosa. Para os etruscos o céu tinha 12 divisões pelas as quais o sol passava todos os dias, e dividiam suas possessões em 12 províncias. As 12 é a hora do Zênit do sol.

01) Foram doze os filhos de Jacó, dos quais se originaram as doze tribos de Israel (Gn 35:22);

02) Foi no capítulo doze de Gênesis que Abraão foi chamado para dar início ao povo de Deus na terra (Gn 12:1);

03) Foi no capítulo doze de Êxodo que a nação de Israel nasceu (Ex 12:2);

04) No deserto, o povo de Israel encontrou doze fontes de água (Ex 15:27);

05) O altar de adoração a Deus, no Antigo Testamento, deveria ser feito com doze pedras (1Re 18:31);

06) Os sacerdotes levavam no peito um objeto composto por doze pedras preciosas (Ex 39:14);

07) Quando Elias encontrou-se com Eliseu, este estava lavrando a terra com doze juntas de bois (1Re 19:19);

08) O mar de vidro que ficava dentro do templo de Salomão estava apoiado sobre doze bois de bronze (2Cr 4:15);

09) O muro de Jerusalém tinha doze portas (Ap 21:12);

10) O número dos discípulos de Jesus foram doze (Mc 3:14);

11) Com doze anos Jesus subiu a Jerusalém e deu a primeira demonstração de que tinha uma missão a cumprir na terra (Lc 2:42);

12) A Árvore da Vida, na Nova Jerusalém, produzirá doze frutos (Ap 22:2);

No I Ching é 12 – Pi - estagnação.


Leonardo Rocha '.'

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